sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Enquanto as exportações de soja batem recorde, as de milho decepcionam em 2014

Os embarques de soja nos portos brasileiros recuaram um pouco em julho após bater recorde em abril, mas seguem acima do registrado um ano atrás. Foi o que mostraram dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta terça-feira (22). O ritmo diário de embarque de soja ficou em 271 mil toneladas por dia nas três primeiras semanas de julho, contra 345 mil toneladas/dia em junho e 246 mil toneladas/dia em junho de 2013.
O ano de 2014 vem sendo de embarques recordes de soja no Brasil, após a maior safra da história do país, colhida no primeiro semestre.
Em abril, por exemplo, foram embarcados pela primeira vez mais de 8 milhões de toneladas da oleaginosa.
As exportações de milho, por outro lado, ainda não conseguiram ganhar ritmo, com um volume embarcado até o momento neste mês insuficiente para encher dois navios. O ritmo de exportações está em 7,5 mil toneladas/dia, ante 4,4 mil toneladas/dia em junho, mas 76 por cento abaixo do volume verificado em julho de 2013 (32 mil toneladas/dia).
Nos primeiros 14 dias úteis do mês, o Secex registrou embarques de 105 mil toneladas do cereal, menos que o necessário para encher dois navios Panamax, embarcações que carregam entre 60 mil e 70 mil toneladas de grãos.
Especialistas dizem que o mercado brasileiro de milho deve viver um segundo semestre turbulento, com uma ampla oferta global provocando fragilidade nos preços e incerteza sobre volumes a serem exportados pelo país.
Os principais Estados produtores do Brasil estão começando a colher a segunda safra da temporada 2013/14 que, apesar de não ser recorde como a do ano passado, está muito perto disso.
No entanto, boa parte desse milho chegará ao mercado quase junto com uma safra recorde dos Estados Unidos, maior exportador e grande concorrente do Brasil.
Com informações da Agência Reuters.
27/07/2014

8 comentários:

  1. Diante da safra recorde americana, concomitante com a segunda safra brasileira de milho, se faz necessária, uma análise sobre o que é melhor: vender a um preço menor ou estocar, levando-se em consideração os custos de produção no caso de venda e os custos de armazenagem no caso de estoque( para que se aguarde preços melhores no mercado nacional e internacional). Rosana Furrier Comex Tarde RA 142149-2 Noticia 27/07/2014

    ResponderExcluir
  2. Apesar de toda a euforia em torno da safra da soja - e de fato temos de nos orgulhar- não podemos achar que somente a soja vai fazer toda a diferença em uma economia como a do Brasil; é necessário politicas que prezem por todos os setores da agricultura e antes de críticas a safra do milho devemos averiguar o que aconteceu,porque esse baixo desempenho.
    Se clamamos ser o país das commodities devemos começar a olhar para as commodities de forma geral e não priorizar um setor.

    by Fernando Agostinho /4º Comex-Manhã

    ResponderExcluir
  3. As exportações de milho no Brasil estão em baixa devido a queda de preço do milho nos EUA. Os preços do milho caíram quase 30% nos últimos três meses, atingindo o menor nível desde 2010. O menor preço do milho está beneficiando as empresas que dependem do grão para ração animal e outros usos, incluindo processadores de carne, pecuaristas e produtores de etanol, os preços menores de grãos em todo mundo também estão ajudando os consumidores, especialmente em países onde o custo do pão e outros alimentos essenciais representam uma parte significativa dos gastos. A retração nos preços, no entanto, deve provocar um corte abrupto na renda do cinturão agrícola dos EUA porque o milho é a principal cultura do país, produzido em cerca de 350.000 propriedades agrícolas e gerando US$ 60 bilhões em receita no ano passado. Agora, o preço do milho perdeu 57% em relação ao recorde da alta de 2012, bem abaixo do limite de US$ 4 por bushel que muitos produtores necessitam para ter lucro. O cenário nos EUA tem grandes repercursões para a agricultura brasileira, por isso este excesso de oferta fechou a janela que o Brasil tinha para exportar milho e, em consequência, as exportações brasileiras do grão já caíram 37% entre janeiro e julho.

    Penélope Dias, Fatec ZL 1º comex tarde.

    ResponderExcluir
  4. Apesar de toda a euforia em torno da safra da soja - e de fato temos de nos orgulhar- não podemos achar que somente a soja vai fazer toda a diferença em uma economia como a do Brasil; é necessário politicas que prezem por todos os setores da agricultura e antes de críticas a safra do milho devemos averiguar o que aconteceu,porque esse baixo desempenho.
    Se clamamos ser o país das commodities devemos começar a olhar para as commodities de forma geral e não priorizar um setor.

    by Fernando Agostinho /4º Comex-Manhã (15/08/2014)

    ResponderExcluir
  5. O Brasil participa do comércio internacional principalmente com as commodities, mesmo esse tipo de produto não tendo tanto valor agregado. Portanto, deveria ser ou tentar ser o melhor no seu tipo de exportação. Talvez ser o novo celeiro do mundo. Infelizmente é o oposto que vemos. Novamente os Estados Unidos chega com sua super safra, que é suportada por uma logística com qualidade e outros incentivos que permitem sua ótima posição nos negócios internacionais.

    Núbia Kalichak/ 4°comex/ manhã/ Fatec ZL/ sala 108

    ResponderExcluir
  6. Mais uma vez o Brasil fica para trás, não podemos esperar e aceitar as coisas como o Brasil faz!
    Temos que investir em tecnologia, temos que olhar com um pouco mais de carinho pra isso tudo!
    Enquanto os EUA batem mais um recorde, nós colhemos migalhas!

    ResponderExcluir
  7. De acordo com a Secex, a produção de soja do primeiro semestre de 2014 bateu o recorde como a maior safra já colhida no país, e continuará assim no segundo semestre, superando volumetricamente a safra do ano anterior.
    Porém a safra de milho não está tão boa assim, está 76 por cento abaixo a do ano anterior, perdendo em volume para os Estados Unidos que bate seu recorde de safra.
    Caroline Ferreira/ 2º Logística Noite - Metodista

    ResponderExcluir
  8. Vemos então que o milho tem dificuldades agora, mas tem grande potencial de crescimento para competir com o maior produtor de milho. Isto seria mais uma grande conquista para o Brasil neste ramo.
    Maraísa Cavalcante - Fatec ZL - Manhã - 4° Comex (18/08)

    ResponderExcluir

Galeria de Vídeos