sexta-feira, 29 de agosto de 2014

"NO PRÓXIMO ANO, A EQUAÇÃO SERÁ MENOS INFLAÇÃO E MAIS CRESCIMENTO", AFIRMA MANTEGA


O governo federal apresentou nesta quinta-feira (28/08) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2015, prevendo alta de 3% no Produto Interno Bruto (PIB), salário mínimo de R$ 788,06 e inflação em 5%. "No próximo ano, a equação será menos inflação e mais crescimento", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante coletiva com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Ao detalhar os parâmetros macroeconômicos, Mantega explicou que a projeção de PIB maior para 2015 justifica-se pela melhora nos cenários econômicos nacional e internacional. "Os problemas conjunturais que tivemos no início desse ano não vão se repetir em 2015", ressaltou.
Entre os problemas apontados pelo ministro estão a recuperação mais lenta da economia internacional, com exceção da dos Estados Unidos; a incerteza na condução da política monetária do Federal Reserve (Fed / banco central dos EUA), no início do ano; a forte seca que atingiu o Brasil, que elevou as tarifas de energia e pressionou a inflação; o crédito escasso; e a redução dos dias úteis no segundo trimestre, devido à Copa do Mundo, o que levou a uma queda na produção industrial e no consumo.
"Tivemos, portanto, uma expansão menor da economia no primeiro semestre em função dessas circunstâncias, que são passageiras e podem ser revertidas. Por isso, é lícito prever que em 2015 a economia estará um pouco melhor", afirmou.
Salário mínimo
Em continuidade à política de valorização salarial, a PLOA estabeleceu aumento de 8,8% no salário mínimo, que passará a valer R$ R$ 788,06 a partir de 1º de janeiro.
O ministro lembrou que há mais de uma década o salário mínimo vem tendo aumentos reais. Ele disse que essa realidade mostra que é "equivocada" aquela teoria do passado que dizia que um aumento maior no mínimo, causaria desemprego. "Os fatos negam isso. Nesses últimos anos, nós aumentamos o salário mínimo todos os anos e o desemprego atingiu o seu menor patamar", acrescentou.
Inflação
Pelas projeções do governo, a inflação no próximo ano ficará em 5%. De acordo com Guido Mantega, a inflação atualmente está bem comportada e, portanto, não há razão para que ela sofra as pressões que teve no início de 2014.
Conforme avaliação do ministro, com a inflação sob controle, o Banco Central começou a liberar o compulsório para aumentar a oferta de crédito.
Fiscal
O governo manteve no orçamento a meta de resultado primário para o setor público consolidado de 2,5% do PIB (R$ 143,3 bilhões). Para o Governo Central a meta é de 2% do PIB (R$ 114,7 bilhões), com possibilidade de abatimento de 0,5% do PIB (R$ 28,7 bilhões) devido aos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para os governos regionais, a meta é de 0,5% do PIB (R$ 28,7 bilhões).
Mantega frisou o governo fará um esforço para reduzir as despesas a fim de ajudar o Banco Central a fazer uma política monetária mais flexível, capaz de produzir primários maiores.

Fonte: Ministério da Fazenda
28/08/2014

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