O presidente da Sany no Brasil, Victor Yuan, afirma que a empresa vai manter seus investimentos no país independentemente do resultado das eleições presidenciais deste ano.
Um dos fundadores da empresa, em 1989, na China, o empresário diz que o novo presidente do país terá que priorizar projetos de logística e infraestrutura para que o país cresça e atraia mais investidores.
"Nossos projetos não sofrerão alteração em função da política. Mas esperamos que o novo presidente faça mudanças", afirmou.
Na avaliação do empresário, que é da cidade de Changsha, na província da Hunan, este é o principal ponto que o Brasil precisa aprender com a China. "Há 30 anos, éramos bem mais atrasados do que o Brasil neste sentido. Mas o governo chinês vem investido pesado na melhoria das malhas ferroviárias, hidroviárias e rodoviárias, o que tornou a vida das empresas muito mais fácil", informa.
Yuan também acredita que o Brasil poderia ser menos inflexível e mais simples em suas regras tributárias. "O sistema tributário brasileiro é muito burocrático. Isso acaba exercendo uma força contra a produtividade", declarou o empresário.
Como exemplo, ele citou a necessidade de transportar de volta para o Estado de origem uma máquina que foi testada por um cliente em outro local, mesmo que ele tenha decidido comprar o produto. "É preciso voltar para São Paulo para levar de novo para o Sul, por exemplo. Isso reduz a competitividade". No caso dos transportes, citou o custo médio do frete de produtos agrícolas no Brasil. "O gasto com a logística chega a ser 1,5 vez o custo dos Estados Unidos", afirma.
Fonte: Valor Econômico
Publicada em:: 28/08/2014
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