Se a queda livre do preço do petroleo no mercado internacional abre a possibilidade de os preços dos combustiveis terem reajustes menores do que se esperava até recentemente, por outro lado esse cenário preocupa exportadores brasileiros que têm negócios com a Venezuela. O país andino, que enfrenta uma grave crise econômica, perdeu ainda mais capacidade de pagamento, uma vez que 96% de suas vendas externas são de petróleo e derivados. Segundo estimativa da AEB, os venezuelanos têm, atualmente, débitos de US$ 10 bilhões com o mundo, sendo US$ 2 bilhões com o Brasil. Os principais produtos vendidos àquele mercado são carnes, animais vivos e máquinas e equipamentos usados na realização de obras de infraestrutura. No período de janeiro a agosto deste ano, o Brasil teve um superávit de US$ 2,1 bilhões com a Venezuela, um dos mais altos da balança comercial brasileira. Mantida a tendência de queda na cotação do petróleo, a AEB projeta reduçãoem torno de 40% a 50%das exportações do Brasil para o vizinho em 2015. - A redução do superávit comercial com os vanazuelanos não se daria em função da demanda, mas pela falta de capacidade de pagamento - Explicou o presidente da AEB, José Augusto de Castro. Para ele, a situação econômica na Venezuela é tão ruim quanto na Argentina, só que com uma diferença: os argentinos importam energia e, com a diminuição do preço do petróleo, seu balaço de pagamentos será favorecido. - A Argentina já exportou petróleo, inlusive para o Brasil. Mas nos últimos anos, passoi a produzir menos e importar mais - disse Castro. O preço do barril de petróleo fechou a US$ 86,60, o menos nível em quatro anos. A Venezuela pediu, então, uma reunião de emergência da Opep, para que se discuta uma forma de conter a queda do preço da commodity. Ao justificas o pedido, o chanceler venezuelano, Rafael Ramirez, argumentou que a descida das cotações do produto "não obedece a situações de mercado". Ele a afrimou que há "manipulação do preço para criar problemas a grandes países produtores." O próximo encontro da Opep está marcado para 27 de novembro, mas os venezuelanos querem antecipa-lo para quanto antes. Kwait e Arábia Saudita, contudo, já avisaram que não estão dispostos a reduzir sua produção, de olho na expanção do consumo, que deve passar de 91,19 milhões de barris por dia neste ano para 92,38 milhões em 2015.
O Globo
17/10/2014
17/10/2014
É até um pouco engraçado dizer que o preço do petróleo está em queda pois tem um certo país por aí que sempre querendo declarar guerra por conta desse produto, mais o mundo dos negócios é assim a sua moeda de maior valor quando desvalorizada pode ter certeza que irá implicarem todos os setores da economia do país.
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