Pela quarta vez, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o Porto de Santos, adiou a licitação para a compra das antenas de radiofrequência que serão utilizadas no sistema de Cadeia Logística Portuária Inteligente (Portolog). O projeto prevê o acompanhamento das cargas das zonas produtoras até os terminais marítimos. Agora, o certame será retomado em 30 dias.
Segundo a Autoridade Portuária, a medida foi necessária pois participantes do processo licitatório entraram com recursos no Tribunal de Contas da União (TCU), contestando detalhes técnicos do edital. Após uma primeira análise, o órgão pediu mais informações sobre o caso, mas ainda não deu um parecer final sobre os apontamentos das empresas.
O certame foi adiado pelo mesmo motivo há um mês e em outras duas ocasiões. Na primeira tentativa de licitar as antenas, em julho passado, dúvidas em relação às exigências e à tecnologia a ser adotada foram o motivo da revogação.
Em dezembro último, a estatal apresentou novamente o edital. Mas ele teve de ser cancelado por conta de uma questão administrativa, relacionada a sua publicação no site de compras do Governo Federal.
A Docas fará a concorrência para selecionar a empresa que fornecerá e implantará as antenas de radiofrequência do Portolog. Elas terão sensores que vão ler as placas dos veículos de carga e as etiquetas eletrônicas (tags) a serem instaladas neles. Os dados registrados serão transmitidos para a Autoridade Portuária. A firma escolhida ainda terá de elaborar, em até 36 meses, o projeto de funcionamento do sistema e os softwares necessários.
Segundo a Codesp, a previsão é ter o programa totalmente implantado em julho. Ele vai monitorar os veículos com destino ao cais desde as estradas, com a instalação das antenas nas rodovias que dão acesso ao complexo marítimo.
Para a estatal, o fato de as antenas ainda não terem sido adquiridas não compromete a implantação do sistema. Enquanto a instalação desses aparelhos não acontece, as informações dos veículos são inseridas manualmente (com a digitação das placas) ou através dos leitores OCR dos terminais. Todos as instalações portuárias da região tiveram de adquirir equipamentos como câmeras e leitores de caracteres.
Fonte: A Tribuna
27/04/2015
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