quinta-feira, 15 de outubro de 2015

"QUANDO O RISCO FISCAL É CONTROLADO, A ECONOMIA SE RECUPERA RAPIDAMENTE", DIZ LEVY

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou, nesta quarta-feira, que o primeiro passo para o crescimento é ter as contas públicas em ordem. "Quando o risco fiscal é controlado, a economia se recupera rapidamente", enfatizou. O ministro participou da cerimônia de abertura do V Congresso Internacional de Informação de Custos e Qualidade do Gasto no Setor Público, na Escola de Administração Fazendária (Esaf), em Brasília (DF).
Joaquim Levy disse que há um dilema entre as demandas crescentes por serviços públicos e os limites da expansão tributária. "Se por um lado a capacidade de tributação tem limites, a partir dos quais começa a prejudicar a atividade produtiva, por outro, há expectativas concretas, legítimas, da população em relação à provisão de serviços públicos", afirmou Levy. "A chave está na racionalização e a priorização do gasto público", completou.
Avaliar os gastos com racionalidade, segundo Levy, é o caminho para se conseguir um equilíbrio fiscal que dê liberdade para a economia crescer. "Quando o governo toma a decisão de fazer determinadas coisas depois elas têm que ser avaliadas para ver se aquilo foi na boa direção, ajustar, melhorar, modificar. Porque a gente sabe que tudo isso é feito com o dinheiro do contribuinte".
Levy enfatizou que o governo precisa ter métricas transparentes, conhecidas e respaldadas pela sociedade para avaliar programas e projetos. "A palavra priorização é muito importante aqui. Há inúmeras coisas que têm mérito. Há inúmeras coisas que são desejadas. Há inúmeras coisas que queremos fazer. Mas nem sempre podemos fazer", afirmou.
O ministro avaliou que a economia já está reagindo às mudanças feitas desde o início do ano, mas que a demanda ainda está contida por dúvidas em relação ao ajuste fiscal. "A economia está um pouco represada por incertezas. Isso é natural. Tiradas essas incertezas, tenho certeza que virá um crescimento rápido da economia e facilitará a expansão do crédito. Porque diminuindo o risco, o crédito flui naturalmente".
Levy também disse contar com auxílio do Congresso Nacional para concluir o ajuste fiscal. "O Parlamento que sempre esteve com o Brasil nos momentos mais importantes, da democratização, da estabilização da moeda e de outras reformas que permitiram o país se expandir na infraestrutura, em concessões e programas sociais. Em todos esses momentos, nosso Congresso esteve junto, superando qualquer questão partidária".

Fonte: Ministério da Fazenda
07/10/15

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