quarta-feira, 25 de novembro de 2015

LEVY: "O PAÍS TEM INÚMEROS VETORES DE CRESCIMENTO"

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou, nesta segunda-feira (23/11), que "o país tem inúmeros vetores de crescimento tanto agora para 2016 quanto para os próximos anos". Segundo ele, o Brasil "só precisa ter um pouco de ambição e ir ao que realmente é fundamental para alcançar isso: fazer acertos institucionais que permitam à economia funcionar com menos atrito e mais previsibilidade".
De acordo com Levy, "temos que utilizar melhor nossas vantagens, criando fontes de crescimento como o turismo e a substituição de importações". Ele explicou que é necessário ao país se concentrar no aumento de produtividade "de bens de serviços" para melhorar a eficiência da economia.
Para o ministro, "muita gente só pensa no ajuste fiscal. Ele é muito importante, mas não se deve pensar apenas nele". Levy explicou que, do ponto de vista intelectual, o ajuste quase se concluiu. "Agora tem de acontecer no Congresso".
Levy afirmou que o Brasil precisa fazer "o dever de casa", assim como todos os países. "O desafio está posto. O Brasil saberá responder a esses desafios", afirmou. Segundo ele, resolver a questão fiscal é fundamental para criar um mínimo de previsibilidade. "O PIB caiu porque as pessoas pararam para ver o que vai acontecer", disse. "Na hora em que ficar claro, as pessoas vão responder. Essa é a hora em que o crédito volta e as empresas voltam a investir", afirmou, durante o seminário Reavaliação do Risco Brasil, promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), na sede da Firjan, no Rio de Janeiro.
O ministro enfatizou a necessidade de evoluir do ponto de vista regulatório e legal para simplificar a vida das empresas e das pessoas. Ele citou, como exemplo, a reforma tributária. "Queremos passar o regime do PIS/Cofins para crédito financeiro, o que vai tornar mais rápido para as empresas e diminuir o contencioso".
O ministro afirmou que fontes tradicionais de financiamento de longo prazo, como FGTS e BNDES, não devem crescer na mesma proporção que antes. Nesse sentido, o desaquecimento da economia brasileira criou a chance de repensar essas estruturas. "Ganhamos um tempo para pensar como será a nova arquitetura. Mas essa arquitetura, baseada em crédito livre, só vai acontecer se o fiscal permitir a queda dos juros de longo prazo".
Segundo Levy, "temos de fazer escolha entre consumo e poupança. Se aumentarmos poupança apenas por alavancagem, será difícil manter programa de infraestrutura. Se as taxas de juros continuarem altas, se não houver formação de equity, será difícil".

Fonte: Ministério da Fazenda
23/11/15

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