O
ministro Marcos Pereira lançou nesta quarta-feira o cronograma de
ações do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) em 2017 e o
início de parcerias com o Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
"Tenho
dito que a retomada do crescimento econômico do Brasil exige que
olhemos para fora de nossas fronteiras. Por isso, além de melhorar a
competitividade do comércio exterior brasileiro, concluir acordos
comerciais e reduzir barreiras às nossas exportações, o governo
brasileiro está buscando ampliar a participação das nossas
empresas no mercado internacional por meio de ações como o PNCE e
soluções internas para a melhoria da competitividade do comércio
exterior", disse o ministro.
O
PNCE é coordenado pelo MDIC e reúne iniciativas de instituições
parceiras nacionais e estaduais, com o objetivo de aumentar a base
exportadora, estimulando a inserção de empresas de pequeno porte no
mercado externo. "Para este ano, estão previstas mais de 200
ações de apoio às exportações a serem executadas pelo MDIC e
seus parceiros. Pretendemos melhorar a competitividade do setor que
mais gera empregos no Brasil e auxiliar empresas de pequeno e médio
portes a conquistar espaço no concorrido mercado internacional",
afirmou Marcos Pereira.
Em
2016, o PNCE foi lançado em 20 unidades da federação, com o apoio
de 144 instituições parceiras nacionais e estaduais, atendendo dez
mil empresas. As ações desenvolvidas no âmbito do PNCE
contribuíram para que 4.735 empresas exportassem pela primeira vez
no ano passado.
Em
2017, além das ações de capacitação de empresas, o PNCE prevê a
integração entre política industrial e política de apoio às
exportações, realizada a partir da convergência entre o PNCE e o
Brasil Mais Produtivo; bem como o lançamento do Portal PNCE, área
pública do Sistema PNCE que irá divulgar casos de sucesso, a
programação de atividades nos estados, a fim de permitir a
inscrição de empresas, o atendimento personalizado de dúvidas das
empresas cadastradas, além de aprimorar a comunicação e troca de
informações entre os Comitês Estaduais do PNCE.
Parcerias
MDIC
e BID vão iniciar cooperação conjunta com o objetivo de promover
maior participação de empresas - especialmente de pequeno e médio
porte - no comércio internacional. Nesse sentido, ambos adotarão
ações para convergência entre o PNCE e a ConnectAmericas.com.
A
ConnectAmericas.com é uma plataforma virtual de negócios
internacionais de empresas da região da América Latina e Caribe,
com 80.000 usuários de mais de 190 países e mais 1.000.000 de
visitas únicas. Em seus primeiros dois anos de operação, mais de
US$ 152 milhões em negócios foram fechados.
As
empresas atendidas pelo PNCE contarão em 2017 com um instrumento
adicional de apoio. Por meio da parceria entre MDIC e CNI, as
empresas poderão fazer parte do Rota Global, programa desenvolvido
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a
União Industrial Argentina (UIA) e o Parque Tecnológico de
Extremadura na Espanha (Fundecyt-Pctex). A iniciativa ajudará 500
indústrias a começar a exportar e terá R$ 1,2 milhão em recursos.
O
Rota Global oferecerá consultoria completa para empresas não
exportadoras empreenderem no mercado internacional, com diagnóstico,
desenho de estratégia de exportação e acompanhamento da execução
do plano. Em julho, será aberto o prazo para indústrias
interessadas se inscreverem. Negócios de todos os portes, setores e
estados poderão participar.
A
meta é traçar o diagnóstico de 500 empresas, desenvolver planos de
negócios para 200 delas e, ao final do projeto, em 2018, ter ao
menos 100 novas empresas com operação concreta de exportação. Por
ser fruto de uma parceria internacional, o Rota atenderá indústrias
no Brasil (75%), na Argentina (20%) e na Espanha (5%). Nacionalmente,
a execução do projeto contará com o apoio dos Centros
Internacionais de Negócios das federações de indústrias dos
estados e do Distrito Federal.
Os
recursos são provenientes do AL-Invest, programa da Comissão
Europeia para fomentar a produtividade e a competitividade de micro,
pequenas e médias empresas na América Latina como forma de combater
a pobreza e a desigualdade social.
Empregos
O
presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, ressaltou a
importância do PNCE, já que as micro e pequenas empresas são as
que mais geram empregos formais no Brasil. "O esforço conjunto
para atender essas empresas é importante porque a participação
delas na exportação ainda é pequena e a ação exportadora depende
de forte integração", declarou.
Para
o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a indústria só será
realmente forte e competitiva se participar do comércio global. "O
PNCE nos entusiasma muito e todas as Federações das Indústrias são
aliadas na busca para que as empresas brasileiras possuam melhor
participação no mercado internacional", disse ele durante o
evento.
Também
estiveram presentes os presidentes da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe;
do Inmetro, Carlos Augusto Azevedo; da ABDI, Guto Ferreira; do INPI,
Luiz Otávio Pimentel; dos Correios, Guilherme Campos; da CACB,
George Pinheiro; além do representante do BID no Brasil, Luiz
Florez; e da superintendente de Operações Internacionais da CEF,
Maria Lucia de Paula Macedo.
Fonte:Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços - MDIC
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