quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Presidente do BNDES defende estímulo a exportação de micro e pequenas empresas no Enaex

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Paulo Rabello, reafirmou o compromisso da instituição com o fomento das exportações de micro, pequenas e médias empresas (MPME) para fortalecer a presença brasileira no comércio Internacional.

De acordo com Rabello, essa política já tem sido priorizada pelo banco, que direcionou 40% dos desembolsos do primeiro semestre para MPMEs. Ele participou da abertura da 36ª edição do Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex), promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), que tem como tema “Reduzir custos para exportar, reindustrializar e crescer”.

“O BNDES, eu diria, que é até mais das pequenas do que das grandes empresas. Tanto que elas já cumprem a participação de 61% na carteira do banco. Há muito recursos internacionais que podemos captar para repassar para as MPMEs e para as empresas maiores aumentarem suas exportações, especialmente de serviços”, afirmou.

Rabello ressaltou, ainda, que é preciso aprovar reformas e promover a eficiência da máquina pública para reduzir entraves às exportações. Ele alertou que o incremento nas vendas externas foi fruto de situações conjunturais, e que é preciso criar estímulos estruturais.

“Não deixa de ser uma vitória ter o comércio brasileiro superavitário. Mas isso aconteceu em decorrência da maior recessão brasileira de todos os tempos, e pela forte contribuição do agronegócio”, disse.

O Brasil alcançará o maior superávit comercial de sua história em 2017, no montante projetado de US$63 bilhões. Contudo, segundo José Augusto de Castro, presidente da AEB, o país poderia ter estar exportando mais US$50 bilhões em produtos manufaturados e gerando dois milhões de novos empregos, a cada ano, se não houvesse o “Custo-Brasil”, que reduz a competitividade dos produtos brasileiros. Ele defendeu medidas que reduzam custos, como a elevação da alíquota do Reintegra dos atuais 2% para 5%.

“Isso permitira que deixássemos de ser obrigados a exportar tributo. E esse aumento não precisa de aprovação do congresso, porque já é previsto em lei. Sem reduzir custos, não há possibilidade de o Brasil se inserir nas cadeias globais de valor e evitar seu isolamento comercial”, pontuou.

Também participaram da cerimônia de abertura do Eanex o presidente de honra da AEB e ex-ministro da Fazenda, Ernane Galvêas; o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Junior; vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Trigre , e o vice-presidente administrativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Darci Piana.

(Fonte: Comex do Brasil)

7 comentários:

  1. Gradativamente cresce a importância dos negócios social e econômico, as empresas menores precisam de atenção de economistas porque tem grande potencial no crescimento de empregos e consequentemente na renda do País, mas tem também dificuldade de conseguir credito, o que acaba fazendo com que muitos fechem as portas infelizmente

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  2. Micro e pequenas empresas geram 27% do PIB de nosso país, possibilitar e facilitar as exportações vai refletir de forma favorável na economia. Irá criar novos empregos e estimular o consumo. O governo tem que ter em mente que o comércio exterior é uma meio que pode nos tornar mais competitiveis a nível internacional.

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  3. Essa iniciativa é importante para que sejam notadas as MPMEs dentro do mercado nacional,dando assim a devida importância que essas tem na economia do país,gerando também maior crescimento no comércio exterior no Brasil.

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  4. O Brasil possui cerca de 4,5 milhões de micro, pequenas, médias e grandes empresas com CNPJ registrados no MF e apenas 22.000 empresas realizam operações de exportação, enquanto 38.000 empresas efetuaram atividades de importação, representando em porcentagem 0,5% de empresas exportadoras contra 0,85% de empresas importadoras, dados baixíssimos quando comparados com o PIB brasileiro, o que nos faz perder spots que poderiam ser mais explorados pelo comércio internacional. Comércio Exterior Noite FMU RA:1777047.

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  5. As empresas precisam sair da zona de conforme, e exportar. Aumentando o seu número de clientes/consumidores, gerando maior lucro tanto para a empresa, quanto para a economia do Pais. Porém, tem alguns fatores que precisa ser analisados para que seja possível, como por exemplo, maior apoio do governo; a dificuldade por parte das empresas em financiamentos; os custos altos dos transportes; e as empresas precisam estar atualizadas quanto as novas informações, tecnologias.

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  6. As microempresas devem se integrar gradativamente no cenário de exportaçãoes, o que traria grandes recursos econômicos para o nosso pais, sendo, portanto, uma grande oportunidade de investir no comércio internacional, principalmente se o governo liderar iniciativas fiscais que possam contribuir com as pequenas empresas.
    Ramon Santos Nery
    RA 8690575
    Comércio Exterior – 1º Semestre

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  7. Se essa intenção for realizada, pela quantidade de micro e pequenas empresas que temos no país isso sera extraordinário, se a todos for dada a mesma oportunidade através de incentivos fiscais e etc. - Ananda Souza

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