terça-feira, 21 de novembro de 2017

China avança nas trocas comerciais com a AL e já supera Brasil na Bolívia



China avança nas trocas comerciais com a AL e já supera Brasil na Bolívia
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O Brasil continua a perder fatias de mercado para a China na América Latina, como mostram relatórios da Organização Mundial do Comércio (OMC) preparados para o exame periódico da política comercial de países da região.Ontem, foi a vez do exame da Bolívia. No relatório, economistas da OMC sublinham que a China destronou o Brasil como o principal fornecedor da Bolívia desde 2014. Segundo a delegação brasileira, o Brasil só passou ao segundo posto no ano passado. Produtos brasileiros caíram de 20,1% para 17,5% entre 2006 e 2016 no total das importações bolivianas. Por sua vez, produtos chineses passaram a representar de 7,8% a 19,9% nesse período.Conforme a OMC, a estrutura das importações bolivianas permaneceu estável desde 2006, formada principalmente por matérias-primas e bens de capital. Ao mesmo tempo, o Brasil é o principal destino para as exportações da Bolívia, absorvendo 19% em 2016, sobretudo gás. Mas a participação brasileira no total exportado pela Bolívia caiu de 38,2% em 2006 para 19,3% no ano passado.O avanço chinês e o declínio da participação brasileira nas compras ocorre também no Paraguai, único país da América do Sul a reconhecer oficialmente Taiwan em vez da República Popular da China. A China é o principal fornecedor do Paraguai, com 27,1% do que o país importa, comparado a 24,2% no caso do Brasil. Tanto as vendas brasileiras como chinesas caíram ligeiramente na participação total no Paraguai, enquanto fornecedores da União Europeia registraram pequena alta nos embarques.Entre os países que mais recentemente tiveram suas políticas comerciais examinadas pela OMC está a Jamaica. É outro país onde a China aumentou de 4,4% para 6,5% a participação na pauta de importações entre 2011-2016, enquanto a participação de produtos brasileiros caiu de 5% para 1,3%.Em Honduras, o Brasil é fonte estável de importações com 1,5% do total, enquanto a China aumentou de 3,1% para 14,8% sua participação no que esse país comprou no exterior entre 2009 e 2016. A situação é parecida em El Salvador, onde a participação de produtos brasileiros caiu de 2,4% para 1,6% do total importado no período 2009-2016. Já no caso da China, as importações dobraram de 4,6% para 8,1% do total.O exame do Chile é de 2015, mas também mostra que o Brasil como fornecedor aumentou ligeiramente de 6,7% para 7,8% entre 2009 e 2014, enquanto a China cresceu de 14,5% para 20,9%.O último exame da política comercial da Argentina foi em 2013. Mas dados da Dirección Nacional de Estadisticas del Setor Externo mostram que as importações procedentes do Brasil caíram 22,7% em valor entre 2012 e 2016, enquanto aumentaram 6% no caso da compra de produtos chineses.No exame da Bolívia, encerrado ontem, a delegação brasileira felicitou o governo boliviano pelo desempenho economico "notável" nos últimos anos, com crescimento médio de 5% do PIB entre 2006 e 2016, resultado acompanhado de "significativa" redução dos níveis de pobreza. A OMC diz que a Bolívia reduziu a dívida pública total em mais de 50%.O Brasil, como vários outros parceiros, reconheceram "esforços" do governo de Evo Morales para abrir o país a investimentos privados, mas sugeriu "esforços adicionais" no sistema de licitação pública e medidas para melhorar a segurança jurídica. Valor Econômico 17 11 2017
 

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