As exportações mundiais de café recuaram no mês de outubro deste ano em curso, em comparação com o mesmo mês de 2016. É o caso, por exemplo, dos países que produzem café na Ásia e Oceania, que embarcaram apenas o equivalente a 2,87 milhões de sacas de 60kg, volume 18,7% abaixo dos números registrados no ano passado. Com relação aos países produtores da América do Sul, o total exportado foi de 4,55 milhões de sacas em outubro, número que registra também uma queda de 14%, em decorrência principalmente de menores volumes exportados pelo Brasil (-18,3%) e pela Colômbia (-8,7%), que são as duas nações que mais produzem e exportam cafés na região.
No caso específico do Brasil, houve uma queda na produção no ano-safra 2017/2018, devido ao período de bienalidade baixa. Quanto à Colômbia, foram as chuvas intensas que atrasaram a colheita e também as exportações da safra. Com relação à América Central e México, que exportaram 3,2% menos café que em outubro de 2016, atribui-se esse fato, em grande parte, a uma queda expressiva de 67,1% nos embarques da Costa Rica e de 20,2% de Honduras. Em contraponto, na África, as exportações aumentaram 0,28% e atingiram 0,98 milhões de sacas em outubro de 2017, cujas vendas foram lideradas por aumentos muito expressivos verificados em Uganda (82,5%) e Etiópia (31,8%). Esses dados constam do Relatório sobre o mercado de Café novembro 2017, da Organização Internacional do Café - OIC.
O Relatório sobre o mercado de café novembro 2017, a propósito de números negativos das exportações apurados no período objeto de análise, ressalta que as exportações poderão se recuperar ainda neste ano cafeeiro, uma vez que cálculos preliminares da OIC sobre a produção mundial de café para o ano-safra de 2017/18 indicam um aumento de 0,8%, o que elevaria a produção mundial para 158,69 milhões de sacas de 60kg. Entretanto, o Relatório também destaca que a produção na América do Sul deverá recuar 3,1% devido, em parte, ao volume abaixo do esperado que será produzido pelo Brasil no próximo ano-safra (2017/18). Em contrapartida, segundo também a OIC, a produção da África poderá aumentar em torno de 4,1%, devido ao crescimento contínuo verificado em Uganda, país que está empreendendo esforços nesse sentido, como o replantio de cafeeiros nos últimos anos.
Fonte: Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
Data de publicação:20/12/2017
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