Os quatro membros do Mercosul assinaram, em Brasília, durante a Reunião de Cúpula do bloco sul-americano, o Protocolo de Compras Públicas, que, na prática, permite que empresas brasileiras, argentinas, paraguaias e uruguaias participem, em condições de igualdade, de licitações públicas realizadas por governos dos quatro países. Para vigorar, no entanto, o documento precisa passar pelo Congresso e ser sancionado pelos chefes do Executivo de cada um dos países.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) foi um dos signatários do documento, ao lado dos ministérios das Relações Exteriores e do Planejamento. O ministro substituto do MDIC, Marcos Jorge de Lima, avalia que essa iniciativa representa uma importante conquista dos sócios no que se refere à modernização e maior integração do Mercosul.
Para o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, a assinatura do protocolo representa um relevante desfecho para um processo iniciado ainda em 2010. Abrão ressalta ainda que, ao lado do Protocolo de Cooperação e Facilitação de Investimentos, assinado no primeiro semestre de 2017, o Protocolo de Compras Públicas é um instrumento que dá mais transparência, eficiência e previsibilidade às negociações realizadas intra-bloco.
"O Protocolo de Compras Governamentais estabelece, em linha com as melhores práticas internacionais, requisitos de transparência e de procedimentos que deverão ser seguidos na realização de licitações públicas", explica Abrão, reiterando que o protocolo não altera as normas brasileiras que tratam do assunto.
Maior inserção global
A assinatura de acordos que envolvem compras governamentais faz parte da atual estratégia nacional de maior inserção do Brasil e também do Mercosul no comércio internacional. Recentemente, o Brasil tornou-se membro observador do Acordo de Compras Governamentais da Organização Mundial do Comércio (OMC), e o Mercosul discute o tema compras governamentais dentro das negociações de acordos com a União Europeia e com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta, na sigla em inglês).
Fonte:Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - MDIC
Data de publicação:21/12/2017
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