Após oito anos de deficits, Brasil volta a ter superávit no comércio com os EUA em 2017.
Após oito anos sucessivos de déficits, o maior deles no valor de US$ 11,365 bilhões registrado em 2013, em 2017 o Brasil voltou a obter superávit no comércio bilateral com os Estados Unidos. Entre os anos de 2009 e 2016, os americanos acumularam um saldo de US$ 47,801 bilhões nas trocas comerciais com o Brasil. Ano passado, o fluxo de comércio entre os dois países proporcionou ao Brasil um saldo de US$ 2,026 bilhões. De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), em 2017, as exportações para os Estados Unidos cresceram 16,05% e somaram US$ 26,872 bilhões, por conta de altas nas vendas de petróleo em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, máquina para terraplanagem, tubos de ferro fundido, pares de motores e turbinas para aeronaves, etanol, ferro fundido, celulose, minério de ferro, suco de laranja não congelado, óxidos/hidróxidos de alumínio, motores para veículos e partes, fio-máquina de ferro/aço, entre outros. No tocante às exportações por fator agregado, os produtos básicos responderam por 9,9% das vendas para os americanos, no total de US$ 4,77 bilhões (alta de 50,1% em relação ao ano de 2016), enquanto os semimanufaturados, com uma receita no total de US$ 5 bilhões, ficaram com uma fatia de 8,1% do total exportado. Com um percentual de 56,4% nos embarques, os produtos manufaturados renderam US$ 15,5 bilhões, o maior valor em bens industrializados vendidos pelo Brasil a um único parceiro no ano passado. Alem disso, foram registradas vendas no valor de US$ 1,96 bilhão classificadas pelo MDIC como operações especiais. Quanto aos produtos isoladamente, a pauta exportadora para os Estados Unidos foi liderada pelo petróleo em bruto, no total de US$ 2,65 bilhões (9,9% do total exportado). A relação dos cinco principais itens embarcados para o mercado americano contou com a participação de aviões (US$ 2,19 bilhões e 8,1% do total exportado), produtos semimanufaturados de ferro/aço (US$ 1,84 bilhão, equivalentes a 6,9% dos embarques), reexportações (US$ 1,87 bilhão, com uma fatia de 7,0% das vendas ) e celulose (US$ 979 milhões, correspondentes a 3,6% das vendas totais aos Estados Unidos no ano passado. Por outro lado, as exportações americanas para o Brasil cresceram 4,39% e somaram US$ 24,847 bilhões. Os produtos industrializados foram responsáveis por 92,1% das exportações realizadas pelas empresas americanas e somaramUS$ 22,89 bilhões. Óleos combustíveis foram o líder nos embarques para o Brasil, no total deUS$ 4,47 bilhões, seguidos por medicamentos (US$ 1,1 bilhão), hulhas (US$ 1,07 bilhão), demais produtos manufaturados (US$ 988 milhões) e etanol (US$ 896 milhões). Comex do Brasil. 17/01/2018.
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