Ao comentar a movimentação de cargas, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) projeta para os granéis sólidos um aumento de 0,8% (64,5 milhões t), para os granéis líquidos de 4,4% (17,6 milhões t) e para a carga geral de 6,0% (51,2 milhões t).
Dentre os sólidos a granel devem apresentar as maiores movimentações o açúcar (21,1 milhões t), -0,2%; a soja em grãos (16,7 milhões t), +1,6%; o milho (12,8 milhões t), -9,2%; o farelo de soja (5,5 milhões t), +8,5%; o adubo (4,8 milhões t), +19,1%; o enxofre (2,0 milhões t), +14,2% e o trigo (1,2 milhão t), +9,8%.
As perspectivas para o açúcar são contidas, pois conforme estimativas divulgadas pela União da Indústria de Cana de Açúcar (Única), o balanço da safra atual deverá atingir 585 milhões t na Região Centro-Sul do país, correspondendo a uma produção inferior em 22 milhões t à safra anterior. Esse desempenho pode ser atribuído a fatores climáticos que afetaram a produtividade e a qualidade das plantações.
Já a safra 2017/2018 da soja em grãos deve ficar entre 223,3 e 227,5 milhões de toneladas, equivalendo a uma redução entre 6,2% e 4,4% em relação à safra passada. Isso se deve ao excelente desempenho da última safra e leva a administração portuária a projetar volumes menores para o ano.
Apesar da expectativa moderada para a soja em grãos na safra 2017/2018, estima-se que no próximo ano o crescimento da movimentação de farelo de soja chegue a 8,5%, totalizando um volume de 5,5 milhões t.
As estimativas da Conab apontam para uma redução entre 6,25% e 4,4% na produção de milho para a próxima safra em relação à 2016/2017, devendo totalizar 92,3 milhões t, devido à trajetória de queda na produção da primeira safra (com destinação de áreas para o cultivo de soja) e os possíveis efeitos do atraso previsto para encerramento da colheita de soja e início do plantio da segunda safra de milho.
Para os granéis líquidos estima-se uma expansão de 4,4% na movimentação, em razão do aumento do nível de atividade, que deverá incentivar as importações de combustíveis e produtos químicos. Os destaques para essa modalidade devem ficar com o óleodiesele gasóleo, com 4,7 milhões t (+7,3%); sucos cítricos, com 2,0 milhões t, ficando no mesmo patamar que no ano anterior; gasolina, com 1,2 milhão t (+2,6%); óleo combustível, com 1,5 milhão t (+2,6%) e álcool, com 1,3 milhão t (+0,5%).
Para a carga geral foi projetado o maior percentual de crescimento, onde se destaca a carga conteinerizada, com cerca de 4,0 milhões teu, aumento de 4,4%. A movimentação de veículos deve somar 338.938 unidades, das quais 313.920 na exportação (+5,6%) e 25.018 na importação (+5,6%).
Em 2018, o segmento de cargas deverá manter a trajetória de crescimento, devendo movimentar, aproximadamente, 51,2 milhões t (6,0%), novamente impulsionado pelas movimentações de contêineres e veículos e pelo impacto positivo da entrada em operação do novo terminal da Fibria, dedicado à movimentação de celulose.
Fonte:Companhia Docas do Estado de São Paulo - Codesp
Data de publicação:03/01/2018
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