Os corneteiros da guerra comercial assustam os mercados, mas há tempo, ainda, para um acordo de paz. O susto aumentou com a resposta chinesa à ameaça americana de taxar a importação de produtos no valor anual de US$ 50 bilhões. Cotações despencaram nas bolsas de valores, incluída a Bovespa. Foi afetado também o mercado de matérias-primas e caíram os preços do petróleo, do cobre e, inevitavelmente, da soja. O temor espalhou-se quando Pequim anunciou a disposição de taxar mais de uma centena de bens, com valor total parecido com o da lista americana publicada um dia antes. Entre os itens principais da relação chinesa estão aviões e carros, além de produtos agropecuários. Essa relação, como se previa, atinge severamente Estados onde houve grande apoio à eleição do presidente Donald Trump. Mas o governo chinês logo apontou o caminho da negociação, ao apresentar à Organização Mundial do Comércio (OMC) um pedido de consultas com as autoridades americanas. Se as conversações falharem, uma disputa legal será iniciada. A análise está em nota publicada na edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte:O Estado de S.Paulo
Data de publicação:06/04/2018
Debora Carvalho
ResponderExcluirComércio Exterior 3º semestre
Matutino
RA: 8953945
A retórica da China, está sendo não só, uma retaliação para com a sobretaxação imposta por Donald Trump como também, está baseada na ideia da legalidade e da manutenção das normas multilaterais do sistema comercial. Isso aconteceu antes mesmo da nomeação de Trump para presidente.
Atualmente, nenhuma nova tarifa entrará em vigor antes de um debate interno. Pois empresas dos Estados Unidos poderão apresentar objeções em um tempo determinado, até porque muitas delas estão correndo grande risco de serem prejudicadas pelo aumento de custo associado aos impostos sobre importações. Além disso, haverá perdas se for aplicada a retaliação prometida pelas autoridades chinesas.