Indústria do aço deve fechar ano com alta de 8,9% nas vendas internas
A indústria do aço no Brasil deve fechar o ano com crescimento de 8,9% nas vendas internas na comparação com 2017. A estimativa, divulgada nesta quarta-feira (05/12) pelo Instituto Aço Brasil, mostra que o percentual é maior do que a projeção da entidade, apresentada em julho, que apontava alta de 5,5%. Foram comercializadas, neste ano, no mercado brasileiro 18,8 milhões de toneladas de aço. Para 2019, a previsão é que as vendas cresçam 5,8%, alcançando 19,9 milhões de toneladas.
O ano também deve encerrar em alta no consumo aparente (soma que inclui vendas internas e importação por distribuidores e consumidores). A projeção subiu de 5,3% para 8,2%, puxada pelo crescimento do comércio interno. O volume consumido deve superar 21,1 milhões de toneladas.
Considerando apenas as importações, o volume é 2,3 milhões de toneladas, alta de 2,6%. O percentual, no entanto, é menor que a projeção do instituto, que estimava crescimento de 5,3%. A oscilação do dólar explica o menor volume importado, diz o Aço Brasil. Já as exportações, cuja previsão era de queda de 0,6% na estimativa de julho, devem fechar o ano com retração ainda maior: 7,2%.
A produção de aço também teve desempenho inferior ao estimado pelo setor, de 36,3 milhões de toneladas para cerca de 36,1 milhões de toneladas, o que, ainda assim, representa crescimento de 3,8% na comparação com 2017. Uma das razões apontadas pelo instituto foi o desligamento de fornos durante a greve dos caminhoneiros, em maio. Os empresários estimam perda de R$ 1,1 bilhão no período de paralisação.
Apesar de a produção ter sido mais baixa do que o estimado, o volume é recorde para a cadeia do aço. Uma das justificativas apresentadas pelo instituto é o surgimento de novas empresas, além de a Companhia Siderúrgica de Pecém, no Ceará, começar a atingir seu nível normal de operação. Os demais indicadores - vendas internas, exportações e consumo aparente - têm desempenho próximo ao verificado no ano de 2015.
Exportação
Uma nova rodada de negociações sobre os termos da importação do aço brasileiro deve ocorrer nos Estados Unidos. Por meio da Seção 232, o governo norte-americano impôs tarifas de 25% ao aço importado. Após negociação, o aço brasileiro ficou livre de taxação, mas entrou em um acordo de cotas, com um limite do volume que poderia ser exportado.
Fonte:Agência Brasil
Data de publicação:05/12/2018
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