banco central da Espanha disse que 12 bancos problemáticos do país precisam levantar 15,15 bilhões de euros em capital novo, fornecendo um novo padrão para o muito monitorado saneamento de um setor, que foi duramente atingido pelo colapso do boom de construção que durou uma década.
A informação foi divulgada horas depois de a Moody's Investors Service ter rebaixado o rating do governo espanhol de Aa1 para Aa2, com perspectiva negativa, desencadeando fortes declínios do euro e dos preços dos bônus europeus.
A Moody's citou o custo de recapitalização dos bancos da Espanha como um dos principais fatores para o rebaixamento. A Moody's estima que os bancos vão precisar de 40 bilhões de euros a 50 bilhões de euros - mais do dobro da estimativa do BC - e que, em um cenário de maior estresse, poderiam precisar de 110 bilhões de euros a 120 bilhões de euros.
Num esforço para reduzir os temores sobre a capacidade de os bancos da Espanha absorverem perdas, o governo aprovou novas regulações no mês passado exigindo que todos os bancos listados tenham capital de nível 1 - uma medida-chave de solvência - de 8%. Para os bancos não listados, foi fixado um nível de 10%.
Já a Grécia espera que a taxa de juro sobre o empréstimo de 80 bilhões de euros (US$ 110,8 bilhões) recebido da comunidade internacional seja reduzida para próximo de 4%, de acima de 5%, disse uma autoridade de governo da zona do euro ontem."A expectativa é de cerca de 4% se a Alemanha finalmente concordar com o corte da taxa de juro. Atenas deveria esperar uma taxa entre 4,5% e 4,8%", disse a autoridade.
Em maio, a Grécia recebeu um empréstimo de 110 bilhões de euros de seus parceiros da União Europeia e do FMI; 80 bilhões de euros oferecidos pela UE e 30 bilhões de euros do FMI. A taxa de juro sobre os recursos tomados do FMI não é negociável. Os países da zona do euro cobram uma taxa de juro fixa de 5,2% durante três anos. Se os líderes da zona do euro concordarem, como é esperado, alinhar os vencimentos e as taxas de juro dos empréstimos da Grécia e da Irlanda, a taxa será de 5,8% por sete anos e meio.
A autoridade disse que Berlim provavelmente irá concordar com um período mais longo para pagamento da dívida, mas ainda é contra um corte do juro cobrado para a Grécia. Em entrevista publicada no jornal Bild, a chanceler Angela Merkel rejeitou a ideia de reestruturação da dívida grega, dizendo não haver "instrumentos" disponíveis para isso.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria
11/03/2011
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