sexta-feira, 11 de março de 2011

BC DA ESPANHA DIZ QUE 12 BANCOS PRECISAM DE 15,15 BILHÕES DE EUROS

banco central da Espanha disse que 12 bancos problemáticos do país precisam levantar 15,15 bilhões de euros em capital novo, fornecendo um novo padrão para o muito monitorado saneamento de um setor, que foi duramente atingido pelo colapso do boom de construção que durou uma década.

A informação foi divulgada horas depois de a Moody's Investors Service ter rebaixado o rating do governo espanhol de Aa1 para Aa2, com perspectiva negativa, desencadeando fortes declínios do euro e dos preços dos bônus europeus.

A Moody's citou o custo de recapitalização dos bancos da Espanha como um dos principais fatores para o rebaixamento. A Moody's estima que os bancos vão precisar de 40 bilhões de euros a 50 bilhões de euros - mais do dobro da estimativa do BC - e que, em um cenário de maior estresse, poderiam precisar de 110 bilhões de euros a 120 bilhões de euros.

Num esforço para reduzir os temores sobre a capacidade de os bancos da Espanha absorverem perdas, o governo aprovou novas regulações no mês passado exigindo que todos os bancos listados tenham capital de nível 1 - uma medida-chave de solvência - de 8%. Para os bancos não listados, foi fixado um nível de 10%.

Já a Grécia espera que a taxa de juro sobre o empréstimo de 80 bilhões de euros (US$ 110,8 bilhões) recebido da comunidade internacional seja reduzida para próximo de 4%, de acima de 5%, disse uma autoridade de governo da zona do euro ontem."A expectativa é de cerca de 4% se a Alemanha finalmente concordar com o corte da taxa de juro. Atenas deveria esperar uma taxa entre 4,5% e 4,8%", disse a autoridade.

Em maio, a Grécia recebeu um empréstimo de 110 bilhões de euros de seus parceiros da União Europeia e do FMI; 80 bilhões de euros oferecidos pela UE e 30 bilhões de euros do FMI. A taxa de juro sobre os recursos tomados do FMI não é negociável. Os países da zona do euro cobram uma taxa de juro fixa de 5,2% durante três anos. Se os líderes da zona do euro concordarem, como é esperado, alinhar os vencimentos e as taxas de juro dos empréstimos da Grécia e da Irlanda, a taxa será de 5,8% por sete anos e meio.

A autoridade disse que Berlim provavelmente irá concordar com um período mais longo para pagamento da dívida, mas ainda é contra um corte do juro cobrado para a Grécia. Em entrevista publicada no jornal Bild, a chanceler Angela Merkel rejeitou a ideia de reestruturação da dívida grega, dizendo não haver "instrumentos" disponíveis para isso.

Fonte: Diário do Comércio e Indústria
11/03/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Galeria de Vídeos