terça-feira, 15 de março de 2011

BRASIL E CHINA ASSINAM ACORDO DE COOPERAÇÃO CIENTÍFICA

Brasil e China se aproximam para avançar e criar novas parcerias na área científica e tecnológica. As possíveis cooperações bilaterais foram discutidas, nesta segunda-feira (14), em Brasília, durante visita da delegação chinesa, liderada pelo vice-presidente da Academia Chinesa de Ciências (CSA, na sigla em inglês), Mianheng Jiang.

Ao receber o grupo, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância do encontro e reforçou o interesse em "continuar, ampliar e diversificar" a relação entre os dois países, em especial, nas áreas de nanotecnologias, bioenergia e ciências agrárias.

Na intenção de promover o intercâmbio, com base em benefícios mútuos e reciprocidade, os participantes assinaram um memorando de entendimento entre o MCT e a CSA. O documento prevê a realização de visitas, colaboração em pesquisas, conferência, seminários e workshops, troca de publicações e informações, entre outras iniciativas.

As partes incentivarão o intercâmbio de pesquisadores em projetos conjuntos de pesquisa de interesse comum. O acordo visa concentrar atividades nos setores nos segmentos de nanociência, nanotecnologias, energias renováveis e biomedicina, mudanças climáticas e desastres naturais, tecnologias da informação e comunicação, difusão e popularização da ciência.

No sentido de agilizar as conversações, ficou acordada a indicação de pesquisadores do Brasil e da China para acompanhar as ações. A ideia é consolidar as intenções para facilitar os encaminhamentos necessários na ocasião da visita da presidente Dilma Roussef àquele País, programada para meados de abril.

"A China é um país que nós temos colaboração estratégica, com quem colaboramos historicamente, um país que representa hoje 14% do comércio exterior do Brasil. E é um país que assumiu uma posição estratégica ao longo da gestão do presidente Lula. Entendemos que as nossas economias têm profundas complementariedades", justificou Mercadante.

Na ocasião, Mianheng Jiang sinalizou interesse nas áreas de segurança alimentar e energia. Apesar do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês, ele relatou as dificuldades enfrentadas em seu país para atender a demanda alimentar da população de 1,3 bilhão de habitantes, além da necessidade de novas fontes de energia, diante do aumento da produção automotiva.

Em Brasília, a delegação chinesa visitou as instalações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e reconheceu os avanços obtidos pelo Brasil na área de agricultura. "A finalidade da visita é reforçar o conhecimento entre as duas partes e a colaboração na área de C&T. Nós podemos aprofundar ainda mais essa parceria estratégica", disse Jiang.

Parceria

O Brasil firmou um plano de trabalho sobre cooperação em ciência, tecnologia e inovação com a China em maio de 2009. Outro exemplo apontado como parceria bem-sucedida é o Programa Sino-Brasileiro de Satélites de Recursos Terrestres (CBERS). O primeiro satélite da série China-Brazil Earth Resources Satellite foi lançado em 1999, e esteve operacional, por 45 meses, até julho de 2003.

O CBERS-2 foi lançado em outubro de 2003 e ainda está em operação, após mais de cinco anos em órbita. Estão em andamento os preparatórios para o lançamento do CBERS 3 e, em discussão, a continuidade e o aprofundamento do programa

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
15/03/2011

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