terça-feira, 15 de março de 2011

Pequenos apostam nas exportações para crescer

Por: Felipe Rodrigues (felipe@abcdmaior.com.br)
ABCD MAIOR
12/03/2011

Especialistas estimam que participação das pequenas empresas no volume de exportações da Região aumente.

O aumento do volume de exportações da Região neste ano, além de representar o aquecimento dos negócios para as grandes indústrias, os principais exportadores, também está beneficiando os pequenos empreendimentos do ABCD. A variedade de destinos e itens comercializados com o exterior pelas pequenas empresas da Região impressionam e as exportações ganham representatividade nos negócios.

A Arte dos Aromas, com sede em Diadema, é um dos exemplos de pequenas empresas que aposta no mercado externo para crescer. A empresa projeta para 2011 um incremento de 10% nas vendas para o mercado internacional e de 20% para consumo interno. A diretora comercial da marca, Geysa Belém, destaca que Dinamarca, Lituânia e Itália são os principais compradores.

Entre os produtos exportados pela Arte dos Aromas estão cremes faciais e sais de banho, feitos com ingredientes orgânicos, como óleos de castanha, babaçu, buriti e andiroba, além de extrato de açaí e manteiga de cupuaçu, e xampus e sabonetes fabricados com materiais tipicamente brasileiros. “Foi difícil, mas conseguimos todas as certificações necessárias e passamos a adotar os padrões de embalagens utilizados no mercado internacional. Com isso, foi possível aumentar o volume de operações com os países europeus”, afirmou.

Já a Steroc produz em São Bernardo brocas e outros materiais utilizados no setor de mineração. No ano passado, a empresa registrou mais de R$ 1,5 milhão em exportações. De acordo com o proprietário da empresa, José Rufino, os principais clientes estão no Peru, Equador e no México. “Temos capacidade de exportar aproximadamente 50% da nossa produção, mas atualmente as vendas internacionais representam cerca de 15%. Nossa expectativa é aumentar esse índice nos próximos anos”, disse.

A gerente do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) na Região, Josephina Irene Cardelli, afirma que a tendência é que cada vez mais as pequenas empresas ganhem representatividade no total exportado pelo Brasil. A professora do curso de logística e economia na Universidade Metodista de São Paulo, Cláudia Bock, tem a mesma expectativa. “Em breve, as pequenas empresas brasileiras terão a mesma representatividade econômica que as dos Estados Unidos e as da Europa, onde são responsáveis por 50% das exportações”, estima.

Parceiros

Os empresários do ABCD que querem exportar contam com a ajuda de órgãos ligados às Prefeituras, da unidade do Sebrae no ABCD, das regionais do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), dos Correios e do Banco do Brasil. Em geral, os órgãos oferecem visitas técnicas, palestras e consultorias diretamente nas empresas, para esclarecer as dúvidas dos empreendedores.

De acordo com o analista da regional do Sebrae no ABCD, Rodrigo Ferreira, as oficinas sobre comércio exterior realizadas pelo órgão contribuem para orientar os empresários sobre as melhores formas de expandir os negócios. “É uma maneira rápida e eficaz dos pequenos empreendedores obterem conhecimento e ampliarem a participação mercado internacional”, afirmou.

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