sexta-feira, 15 de março de 2013

INOVAÇÃO É O CAMINHO MAIS RÁPIDO PARA O BRASIL GANHAR COMPETITIVIDADE

As medidas de apoio à inovação anunciadas nesta quinta-feira, 14 de março, pela presidente Dilma Rousseff, representam um avanço importante para o país. "O Brasil precisa inovar, desenvolver tecnologia e agregar valor a seus produtos para que a nossa indústria possa ser mais competitiva não só no mercado interno, mas principalmente no exterior", disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, depois da divulgação do Plano Inova Empresa, no Palácio do Planalto. O Plano prevê recursos de R$ 32,9 bilhões para o financiamento de projetos e a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O anúncio foi feito esta manhã durante a reunião dos representantes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) que contou com a presença de 55 presidentes das maiores empresas do país. Com o Plano, afirmou Andrade, o governo incentiva os investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Paralelamente ao anúncio do Plano Inova Empresa, a CNI firmou um acordo de cooperação técnica com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). O objetivo é promover a inovação empresarial por meio dos Núcleos de Inovação das Federações das Indústrias e Institutos SENAI de Tecnologia e de Inovação. A ideia é viabilizar planos de trabalho específicos para identificar as demandas de inovação empresarial que possam receber apoio do BNDES. Na avaliação da CNI, a inovação é decisiva para a indústria brasileira agregar valor às várias fases da produção, criar mais e melhores empregos, aumentar a produtividade e ganhar em competitividade. No Relatório de Competitividade Global 2012-2013, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil aparece em 48º lugar no ranking de competitividade dentre os 144 avaliados, atrás da China, em 29º, e da Coreia do Sul, em 19º. A Coreia do Sul é um exemplo de que tratar inovação como fator estratégico do desenvolvimento do país traz resultados rápidos. Na década de 1970, o país asiático tinha situação semelhante à do Brasil. A partir daí, a Coreia do Sul priorizou setores industriais estratégicos para promover exportação. Além dessa internacionalização, o país investiu e muito em educação com viés em inovação: o foco se voltou para os cursos de engenharia e ciências duras. Com isso, o país está quase 30 posições à frente do Brasil. AÇÕES DA INDÚSTRIA - Para enfrentar o desafio da inovação, a CNI criou, em 2008, a MEI. O movimento - do qual participam iniciativa privada e governo - pretende colocar a inovação no centro da estratégia das empresas, estreitar o diálogo com o governo e participar da elaboração das políticas públicas de apoio ao desenvolvimento tecnológico da indústria. Entre as metas da MEI está a de chegar a 2014 com 60 mil empresas inovadoras, 70% a mais do que havia em 2008 (38,3 mil). Além disso, aponta como necessidade o aumento do dispêndio em P&D em relação ao PIB dos atuais 1,19% do PIB para 1,8% daqui a um ano. A CNI reconhece que a agenda de inovação é complexa, especialmente para um país como o Brasil, diversificado, amplo e com tantas diferenças regionais. Para sensibilizar um número maior de empresas que façam da inovação uma prática constante, foi criada a Rede de Núcleos Estaduais de Inovação. Atualmente, a rede tem 25 Núcleos Estaduais de Inovação. No ano passado, a CNI e os parceiros aplicaram R$ 23,6 milhões nos Núcleos. Além disso, uma parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) oferece consultorias para elaboração e implantação de planos de inovação nas micros e pequenas empresas. Em 2012, o convênio capacitou 615 empresas. Outra contribuição do Sistema Indústria para o fortalecimento da inovação no Brasil é a criação de 23 Institutos SENAI de Inovação e de 61 Institutos SENAI de Tecnologia, resultado de investimentos de quase R$ 1,9 bilhão. Com atividades previstas para iniciarem em 2014, os Institutos SENAI de Inovação formarão profissionais de nível superior alinhados às necessidades do setor produtivo, em áreas como microeletrônica, engenharia de superfície e tecnologia da comunicação e informação. Os estudantes, focados em pesquisa aplicada, serão estimulados a trabalhar na antecipação de tendências tecnológicas. Essa rede de inovação vai operar de forma integrada com Institutos de Tecnologia, que, além de manter cursos de educação profissional, inclusive de nível superior, oferecerão às empresas serviços em cadeia e testes laboratoriais, muitos dos quais feitos hoje no exterior. Fonte: Confederação Nacional da Indústria

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