terça-feira, 12 de março de 2013
O desafio da indústria naval
A nascente indústria naval e oceânica do Rio Grande do Sul terá que ser competitiva para ter continuidade. Neste sentido, vale um alerta para a importância primordial da preparação e qualificação de recursos humanos para o setor.
Seria simplificar, perigosamente, restringi-la ao treinamento de soldadores, por mais essencial que seja esta mão de obra especializada.
É também inquestionável que o Estado conta com um Senai competente e um parque metalmecânico desenvolvido. No entanto, os requisitos da indústria da construção naval e oceânica vão muito além.
Na área de produção, ela se sustenta também na eletromecânica e na eletroeletrônica, entre outras capacitações, que abrangem uma enorme gama de profissionais especializados, inclusive soldadores.
Logo, ao tratar da formação profissional e qualificação, teremos que ser mais abrangentes.
As necessidades projetadas indicam que os atuais contratos demandarão 60 mil trabalhadores.
Técnicas de produção sinalizam que nos estaleiros, ou seja, nas instalações de fabricação das estruturas e dos cascos, edificação dos componentes, integração dos sistemas e comissionamento, trabalharão na ordem de aproximadamente 20 mil executores, além de técnicos de nível médio e superior, colaboradores administrativos e gestores.
Além dos executores, será preciso formar mais 2.200 supervisores de produção, atuando em dois níveis de responsabilidade.
Negligenciar esses aspectos significa comprometer a qualidade e prejudicar o cumprimento dos prazos de entrega, o que poderá ser fatal para o futuro do Polo Naval gaúcho.
Engenheiro naval, diretor da Synthesis, da construção naval e transportes aquaviários/RS
Fonte: Jornal do Comércio - RS
Por: Miguel Pires **
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