segunda-feira, 29 de abril de 2013
Praticagem contribui para os recordes no Porto de Santos
Embora as normas técnicas recomendem o tráfego de navios de até 170 metros de comprimento pelo canal, o conhecimento dos práticos e a forma atual de organização do serviço têm permitido que embarcações de até 334 metros trafeguem com segurança, com prévia análise e aprovação da Autoridade Marítima.
Outra ação que tem contribuído para a quebra constante de recordes no porto é o aproveitamento da chamada janela de maré que multiplica a capacidade de transporte: a cada dez centímetros ganhos, mil toneladas são adicionadas à carga embarcada; em outras palavras, até 26 mil toneladas a mais de carga em cada escala pode ser embarcada.
Um bom exemplo de contribuição de praticagem são os navios da série Zhen Hua que trouxeram gigantescos equipamentos como portêineres e transtrêineres para equipar os novos terminais da BTP e da Embraport .Como a altura da carga não permitia que a embarcação passasse pela linha de transmissão de energia elétrica do porto a praticagem participou de uma série de reuniões com as Autoridades Marítima e Portuária, representantes dos armadores e dos terminais para possibilitar uma manobra. Ao final, houve a recomendação para desmonte parcial da carga, navegação na maré mínima e com sobrepeso (água de lastro) para aumentar o calado, diminuindo a altura da carga.
Mesmo mantendo toda a infraestrutura com recursos próprios, os preços da Praticagem em Santos estão na média mundial, conforme revelou estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo o trabalho, a praticagem representa de 0,40% a 0,59% do valor do frete marítimo o que significa apenas 0,12% a 0,18% dos custos do dono da carga. Importante notar que aquele estudo foi voltado ao transporte em contêineres, sendo que, para navios graneleiros, os percentuais são a ainda menores.
A Praticagem faz o monitoramento das condições climáticas e da maré para programar a entrada ou saída de navios com calado superior aos 12 metros, que seria o máximo recomendado pelas normas técnicas.
Fonte: Guia Marítimo
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