sexta-feira, 24 de maio de 2013
Renda do trabalhador cresce no menor ritmo desde 2004
A renda da população ocupada continua crescendo acima da inflação, mas o ritmo de alta teve uma forte desaceleração no início deste ano.
Nos quatro primeiros meses de 2013, o rendimento dos trabalhadores subiu a um ritmo de 2% ao ano, metade do verificado em 2012 (alta de 4,3%) e o menor nível desde 2004, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
É um ponto positivo que a renda ainda esteja subindo em um momento de PIB (produto interno bruto) fraco. Mas o fato de estar avançando em ritmo cada vez mais lento gera dúvidas sobre a capacidade de a população continuar ganhando poder de compra.
O mercado de trabalho resistiu à brusca desaceleração da economia no ano passado. Enquanto o PIB subiu apenas 0,9%, a renda da população ocupada cresceu mais de 4%.
Como a economia não tem dado sinais seguros de que vai para frente ou para trás, os empresários hesitam. Não aumentam os investimentos, mas também não demitem, tanto que a taxa de desemprego caiu.
Os economistas do mercado financeiro também se mostraram pouco convencidos de uma retomada. No início do ano, estimavam que o PIB cresceria 3,5% neste ano; agora, já reduziram a projeção para menos de 3%.
No exterior, no entanto, ainda há quem aposte no Brasil. Se não houvesse, a Petrobras não teria captado US$ 11 bilhões no mercado internacional com uma taxa de juros abaixo da esperada por analistas.
Não que eles estejam plenamente satisfeitos com o governo. Em artigos na imprensa, já manifestaram descontentamento com as intervenções do governo na economia. Mas ainda assim continuam com seus aportes no setor produtivo brasileiro. Eles trouxeram US$ 64,1 bilhões ao país nos últimos 12 meses, volume superior ao verificado um ano antes (US$ 63,8 bilhões), segundo o Banco Central.
Fonte: Economia UOL
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