Nove milhões de americanos já dirigem carros com conexão à web. Acidentes e mortes provocados pela distração estão em alta.
Uma pesquisa divulgada nos Estados Unidos coloca em dúvida a aposta da indústria automobilística para manter os motoristas conectados no trânsito sem comprometer a segurança.
A imagem lembra filme de ficção científica. Com um capuz, os pesquisadores examinaram as ondas cerebrais e o movimento dos olhos dos motoristas. Eles dirigiam ao mesmo tempo em que faziam diferentes atividades.
A pesquisa mostrou que ouvir rádio ou um audiolivro não afeta muito a atenção de quem dirige. Já conversar com um passageiro ao lado ou ao telefone, mesmo no viva-voz, aumenta a distração. O maior perigo mesmo, porém, é ditar mensagens de texto e e-mails, uma tecnologia que está dentro da lei e cada vez mais disponível nos carros modernos.
A pesquisa mostrou que isso é suficiente para sobrecarregar o cérebro e roubar a atenção de quem dirige. Mesmo com as duas mãos na direção e os olhos na pista, o motorista fica mais lento para reagir e tem um risco maior de não ver os sinais de trânsito ou pedestres passando na rua.
A porta-voz da fundação que encomendou a pesquisa diz que a proliferação da tecnologia é como uma corrida às armas e representa uma crise de segurança pública iminente.
Os especialistas sugerem que a tecnologia seja limitada ao controle das funções do carro, permitindo, por exemplo, que o motorista use a voz para ligar ou desligar o limpador de parabrisas. É uma recomendação que bate de frente com os interesses da indústria, que oferece carros cada vez mais equipados para atender a um desejo do consumidor: ficar conectado o tempo inteiro.
Fonte: Do G1 - Jornal da Globo
Por: Alan Severiano Nova York. EUA
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