A participação dos produtos importados no consumo nacional subiu para 22,3% no primeiro trimestre deste ano (acumulado em 12 meses) e bateu novo recorde, informou nesta quinta-feira (14) a CNI. O documento foi elaborado em parceria com a Funcex. No quarto trimestre do ano passado, ainda segundo o levantamento, o indicador, medido por meio do coeficiente de penetração das importações, estava em 22%. A série histórica divulgada pela entidade tem início em 2010. Já o chamado coeficiente de exportações, que mostra a importância do mercado externo para a produção da indústria, subiu para 19,1% no primeiro trimestre deste ano - o maior patamar desde o terceiro trimestre do ano passado (19,3% - recorde histórico). O cálculo deste indicador, no primeiro trimestre, também considera os edoz12 meses anteriores. No último trimestre de 2014, o coeficiente de exportações estava em 18,8%. "O indicador tem oscilado em torno desse patamar desde o último trimestre de 2013, quando iniciou trajetória de recuperação. Apesar do avanço de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, o indicador não mostra trajetória persistente de crescimento", avaliou a CNI. De acordo com a economista da CNI, Samantha Cunha, isso confirma que as exportações brasileiras "enfrentam dificuldades para se recuperar, porque, além da desaceleração da demanda externa, há a falta de competitividade dos produtos brasileiros".Na indústria de transformação, informou a CNI, o coeficiente de exportação somou 15,6% no primeiro trimestre deste ano, recuperando-se após cair para 15,3% no trimestre anterior. "Já o coeficiente de penetração de importações sustenta a trajetória de alta, alcançando 20,6%. Frente ao trimestre anterior, houve aumento de 0,2 ponto percentual", acrescentou a CNI. Na indústria extrativa, o coeficiente de exportação ficou em 69,2% no primeiro trimestre deste ano, o que representou aumento de 4,1 pontos percentuais sobre o trimestre anterior. Quanto ao coeficiente de penetração de importações, o indicador cresce pelo terceiro trimestre consecutivo, alcançando 57,9%. Em relação ao trimestre anterior, houve aumento de 5,7 pontos percentuais, informou a entidade. Para a a economista da CNI, Samantha Cunha, isso se deve às importações nos setores de extração de carvão mineral e de petróleo.
G1
14/05/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário