As empresas exportadoras em atividade no Brasil contam atualmente com patamar mais amigável do câmbio, mas continuam a enfrentar problemas com o baixo preço das commodities e a desaceleração do comércio internacional, disse nesta quarta-feira o ministro do MDIC, Armando Monteiro Neto. "O câmbio é flutuante por definição e não pode ser artificialmente manipulado, mas em nossa avaliação teremos um câmbio amigável ao setor exportador e alinhado com as necessidades do comércio exterior brasileiro", disse o ministro a jornalistas após encontro mantido com empresários em Brasília e do qual participou também o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O dólar encerrou esta quarta-feira com queda de 1,18 por cento, em ajuste após cinco sessões consecutivas de altas, cotado a 3,3293 reais. Sobre o desempenho das exportações, Monteiro disse que o Brasil está neste ano ampliando os embarques em comparação ao ano passado, mas em termos de volume, e não de receita. E chamou a atenção para o forte peso da desvalorização das commodites agrícolas e minerais nas operações de comércio exterior do país. "Em volume físico estamos exportando mais este ano do que exportamos no ano passado. O problema é o preço. Se tivéssemos em 2015 os preços que vigoraram em 2014 teríamos 18 bilhões de dólares a mais", afirmou, citando minério de ferro, itens do complexo soja e petróleo. Pesa ainda, segundo o ministro, o comércio internacional fraco, que em anos anteriores avançava a taxas de dois dígitos e que cuja expansão atualmente tem sido menor que 3 por cento. No acumulado do ano até a semana passada, as exportações brasileiras somaram 108,980 bilhões de dólares, com redução de 15,7 por cento pela média diária em comparação a igual período do ano passado.
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