O Brasil é o terceiro emergente mais pessimista em relação a sua atual situação econômica, atrás apenas do Líbano e da Ucrânia, segundo uma pesquisa da Pew Research Center. 87% dos cidadãos brasileiros acreditam que a economia está ruim, contra 55% nos emergentes em geral. A média dos que avaliam a economia positivamente caiu de 32% no ano passado para 13% neste ano. Mas 61% dos brasileiros têm esperança de melhora econômica para daqui a um ano, enquanto a média dos emergentes é de 40%. A diferença é grande entre gerações: 79% dos brasileiros dos 18 aos 29 anos creem que a economia vai melhorar, contra 56% entre aqueles com mais de 50 anos. O estudo foi feito em 40 países divididos entre desenvolvidos (como Alemanha e Coreia do Sul), emergentes (como Brasil e Argentina) e em desenvolvimento (como Etiópia e Gana). São os desenvolvidos que têm a pior média de aprovação da situação econômica: só 40% diz que sua nação vive um bom momento, contra 46% nos países em desenvolvimento, líderes do otimismo. A pesquisa também perguntou se os cidadãos acreditam que as crianças de hoje terão uma condição financeira melhor que a dos adultos atuais. Os países menos desenvolvidos mostraram mais esperança: 51% de otimismo entre emergentes e 54% entre países em desenvolvimento. O Brasil fica acima da média, com 61%, e o líder é o Vietnã, com 91%. Nos desenvolvidos, apenas 27% acreditam que a próxima geração terá um futuro mais confortavel. Só 39% da população dos 40 países pesquisados acredita que a situação econômica de sua nação estará melhor em um ano. Mais uma vez, os países em desenvolvimento são os mais otimistas, com 58%, e os desenvolvidos são os mais pessimistas, com 25%. É lá também que os jovens temem mais o que está por vir. É o caso da Coreia do Sul, onde 14% dos jovens veem um futuro melhor no próximo ano, enquanto 33% dos que estão acima dos 50 partilham da mesma opinião.
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