A maioria dos países industrializados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) ainda não está preparada para os novos objetivos globais de desenvolvimento sustentável previstos até 2030, que os líderes mundiais adotaram formalmente este mês em cúpula especial da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo estudo comparativo dos 34 Estado-Membros da OCDE, divulgado hoje (8) pela Fundação Bertelsmann, existe o risco de um fracasso no cumprimento dos objetivos.
O estudo identifica os Estados que podem se tornar exemplo a ser seguido para o cumprimento de determinados objetivos de desenvolvimento sustentável e aqueles onde continuam a ser verificadas graves deficiências.
Entre os países mais preparados para cumprir os novos objetivos da ONU estão as nações escandinavas como a Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia, seguidas da Suíça. Os Estados Unidos, a Grécia, o Chile, a Hungria, Turquia e o México são os que estão em posição pior.
"Tendo em conta o aumento da desigualdade social e o desperdício de recursos, os países ricos não podem continuar a dar lições ao mundo, nem ditar como devem se desenvolver os países emergentes", disse Aart de Geus, presidente da Fundação Bertelsmann.
O estudo mostra grandes diferenças entre os países em relação a diferentes objetivos, principalmente no que diz respeito à desigualdade social, que alcançou nível sem precedentes nos países industrializados.
Nos 23 países da OCDE, os 10% mais ricos ganham tanto, ou mais, que os 40% mais pobres.
Também são observadas grandes diferenças quanto à contaminação do ambiente. Países como a Austrália, o Canadá, a Polônia ou o México emitem uma quantidade de dióxido de carbono por unidade de produção econômica seis vezes superior à da Suécia ou Noruega.
"Se os países em desenvolvimento conseguiram reduzir à metade sua taxa de mortalidade infantil com a ajuda dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, deveríamos poder exigir aos países industrializados que tornem os seus modelos econômicos mais socialmente iguais e sustentáveis, com a ajuda dos novos objetivos da ONU", afirmou Christian Kroll, coordenador do estudo.
Fonte: Agência Brasil
08/09/2015 |
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