Cônsul europeu aponta reforma tributária como solução para Brasil
O cônsul-geral da Áustria em São Paulo, Klaus Hofstadler, afirmou que a realização de uma reforma tributária favoreceria mais o Brasil do que o fechamento do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. "A reforma seria boa para o comércio [internacional] e também para o crescimento interno do País", disse o executivo, em entrevista concedida para o DCI. Na opinião dele, o atual desenho tributário está diminuindo a competitividade brasileira. "Não só por causa do valor absoluto dos tributos, mas porque o sistema é muito complexo." Hofstadler disse não saber a probabilidade de o acordo comercial entre os blocos ser concluído. Depois de quase duas décadas de negociações, o tratado avançou durante os últimos anos, mas ainda encontra alguns empecilhos. "O Brasil é um líder internacional da agroindústria, então muitos produtores da Europa têm o reflexo de se defender [do acordo]. Na Áustria, por exemplo, temos uma participação muito forte da agricultura de pequeno porte", disse o entrevistado, sobre o receio dos europeus em retirar as barreiras tributárias para os produtos básicos do Mercosul. O cônsul austríaco afirmou também que o Brasil dá mais sinais, hoje, de ter interesse em acordos internacionais do que "há cinco ou dez anos atrás". Segundo ele, o acordo entre os blocos poderia trazer uma onda de investimentos para o hemisfério sul. "Mas as empresas que já estão operando aqui não o fazem por achar que o acordo vai acontecer. Elas estão aqui porque o Brasil é um mercado realmente significativo", ponderou o executivo. Questionado sobre o quadro político na Europa, Hofstadler evitou respostas polêmicas, mas citou alguns fatos que afetaram a situação local. "Tivemos acontecimentos fortes, como a crise dos refugiados, a globalização e a mudança no mercado de trabalho". Entretanto, ele minimizou o impacto desses desdobramentos. "Na Áustria, não tivemos uma mudança tão grande nas últimas eleições". Realizado em outubro, o pleito foi marcado pela ascensão do conservador Sebastian Kurz, de apenas 31 anos, que saiu vencedor das votações legislativas. A respeito da recessão no Brasil, o cônsul disse que muitos dos empresários austríacos estão acostumados às crises que ocorrem ciclicamente na região. De acordo com ele, cerca de 250 empresas do país europeu, como a Red Bull e a Swarovski, operam em território brasileiro atualmente. Sobre as eleições do ano que vem, Hofstadler não fez campanha por nenhum dos atuais presidenciáveis, mas defendeu o avanço de uma agenda de reformas estruturais no País. As vendas do Brasil para a Áustria somaram US$ 83,955 milhões entre janeiro e setembro, uma alta de 27,9% na comparação com igual período do ano passado, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Por outro lado, as importações brasileiras de produtos austríacos recuaram 16,8%, ao totalizar US$ 690 milhões entre janeiro e outubro. O valor das compras supera o das vendas por causa do peso dos manufaturados na pauta de importações brasileira. Entre os produtos adquiridos dos austríacos neste ano, têm destaque medicamentos, bebidas, máquinas e trilhos de aço, itens de maior valor agregado. DCI
06/11/2017
Para nossas empresas, brasileiras, ganhar competitividade no mercado e conseguir realizar mais e melhores acordos, é preciso que o Brasil reveja e faça mudanças quanto a muitos impostos e burocracias.
ResponderExcluirPara nossas empresas, brasileiras, ganhar competitividade no mercado e conseguir realizar mais e melhores acordos, é preciso que o Brasil reveja e faça mudanças quanto a muitos impostos e burocracias.
ResponderExcluirNOME: TATIANE M JESUS - RA:1763754
Se o Brasil diminuísse a taxa tributária estaríamos com a economia do pais bem melhor, pois iriamos ter competitividade no mercado interno e externo, infelizmente temos pessoas e administração péssimas no Governo o que dificulta essa reforma.
ResponderExcluirFERNANDA MENDES BATAGLIA RA 1700442 SALA 1204 FMU COMEX NOITE