Em maio, as exportações brasileiras foram de US$ 19,241 bilhões. Sobre maio de 2017, os embarques ao exterior tiveram crescimento de 1,9%, pela média diária. No mês, as importações totalizaram US$ 13,260 bilhões, o que representou aumento de 14,5% sobre igual período comparativo. O saldo comercial de maio foi de US$ 5,981 bilhões, terceiro melhor resultado para o período ficando atrás de 2017, US$ 7,661 bilhões, e 2016, US$ 6,432 bilhões.
No acumulado do ano, as vendas ao exterior foram de US$ 93,625 bilhões, valor 6,5%, maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Já as importações, de janeiro a maio, somaram US$ 67,470 bilhões, aumento de 14,6%, na mesma comparação. No ano, o superávit acumulado é de US$ 26,155 bilhões.
O diretor do Departamento de Estatística a e Apoio à Exportação do MDIC, Herlon Brandão, durante a entrevista coletiva para comentar os dados da balança comercial em maio, ressaltou que, apesar de as exportações terem crescido no mês de maio como um todo, o desempenho das exportações nas duas últimas semanas do mês pode ter sido afetado pela paralisação dos caminhoneiros. Ele informou que, ao se comparar a média diária das exportações de maio até a terceira semana do mês (US$ 1,063 bilhão) com a média registrada nas duas últimas semanas (US$678 milhões), percebe-se uma retração de 36%.
Brandão ressaltou, no entanto, que devido aos vários fatores que interferem na atividade exportadora não é possível atribuir a queda somente à paralisação. Outro ponto destacado pelo diretor foi que os efeitos da paralisação ainda poderão ser "sentidos nas próximas semanas".
Exportações
As exportações de produtos básicos foram de US$ 10,868 bilhões, valor 18,4% maio do que o registrado em maio do ano passado, com aumento dos embarques de bovinos vivos, petróleo em bruto, farelo de soja, soja em grão, minério de cobre e carne bovina. As vendas externas de manufaturados foram de US$ 5,425 bilhões (-17,3%) e as de semimanufaturados, US$ 2,400 bilhões (-9,5%), na mesma comparação.
"As exportações de soja no mês de maio foram registraram recorde histórico. Foram 12 milhões de toneladas vendidas a mercados estrangeiros. No ano, já acumulamos embarques de 36 milhões de toneladas, volume que também é recorde para o período de cinco meses", disse. Segundo ele, no ano, o valor das exportações de soja aumentou quase 7% devido ao aumento tanto das quantidades embarcadas (3,1%) quanto dos preços internacionais do produto (3,7%).
Mesmo com a paralisação dos caminhoneiros, havia um estoque nos portos, o que ajudou a garantir o embarque de 12 milhões de toneladas, um recorde histórico", informou Brandão.
Por mercados compradores, cresceram as vendas para a Ásia (18,3). Por outro lado, diminuíram as vendas para os Estados Unidos (-24,2%), Oriente Médio (-17,6) e Mercosul (-16,7%), América Central e Caribe (-11,7%), Oceania (-8,9), África (-3,5%) e União Europeia (-1,4%). Os cinco principais países compradores de produtos brasileiros foram: China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Chile.
Já nos cinco primeiros meses de 2018, as exportações registraram crescimento em relação a igual período de 2017 nos produtos manufaturados (9,5%), básicos (5,6%) e semimanufaturados (1,2%). Por mercados compradores, de janeiro a maio cresceram as vendas para os principais destinos: União Europeia (24,4%), América Central e Caribe (15,3%), Mercosul (8,6%), Oceania (6,5) Ásia (3,1%) e África (+0,6%). Por outro lado, caíram as compras do Oriente Médio (-19,4%), e dos Estados Unidos (-1,3%) Os principais países de destino das exportações, no acumulado de janeiro a maio de 2018, foram: China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Chile.
Importações
Em maio, foi registrada a décima alta seguida na importação de bens de capital, o que, para Herlon Brandão é um sinal da retomada do crescimento da produção industrial. "A economia cresce mais este ano e a demanda por insumos e bens de capital do exterior aumenta, em função disso", declarou.
Em relação à compra externa de bens de capital, cresceram, principalmente, as importações de máquinas e aparelhos mecânicos, aviões, centros de usinagem, unidades de processamento digital, elevadores e transportadores de mercadorias, motor elétrico, veículos de carga, máquinas para empacotar, e equipamentos terminais/repetidores. No grupo dos combustíveis e lubrificantes, o crescimento ocorreu principalmente pelo aumento de coques, carvão, óleo diesel, petróleo em bruto, querosenes, gás natural, fuel-oil, butanos liquefeitos e energia elétrica. No segmento de bens intermediários cresceram as aquisições de tubos flexíveis de ferro e aço, pigmento rutilo, ureia, sulfetos e minérios de zinco, inseticidas, circuitos integrados, memórias digitais, naftas exceto para petroquímica. No segmento de bens de consumo, os principais aumentos foram observados nas importações de automóveis de passageiros, medicamentos, imunoglobulina, hormônios, azeite de oliva, cebola fresca/refrigerada.
Por mercados fornecedores, na comparação das médias diárias de maio 2018 e de maio de 2017, aumentaram as compras originárias dos principais mercados: América Central e Caribe (134,9%), Oceania (22,2%), União Europeia (21,9%), Ásia (16,6%) e Oriente Médio (11,1%) e Estados Unidos (9,6%). No mês, os cinco principais fornecedores foram: China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Coreia do Sul.
No acumulado de janeiro a maio de 2018, quando comparado com igual período anterior, houve crescimento em combustíveis e lubrificantes (32,6%), bens de capital (24,5%), bens de consumo (15,6%) e bens intermediários (+9,6%). Por mercados fornecedores, cresceram as compras originárias dos principais mercados: América Central e Caribe (69,9%), Ásia (21%), União Europeia (16,7%), Oriente Médio (16,5%), Estados Unidos (11,5%) e Mercosul (6,9%). Os principais países de origem das importações, no período, foram: China, Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Coreia do Sul.
Fonte:Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - MDIC
Data de publicação:01/06/2018
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