A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) reuniram quase 150 empresários do setor, na sede da CNC, no Rio de Janeiro, para o lançamento oficial do Encontro Nacional de Comércio Exterior - ENAEX 2018, que, em sua 37ª edição, terá como tema "Desafios para um comércio exterior competitivo".
Sobre o tema "Acordos Comerciais Mirando a Competitividade do Produto Brasileiro" o vice-presidente da AEB, Mauro Laviola, abordou os impasses que têm dificultado a participação do Brasil em acordos que poderiam dar um incremento na competitividade dos produtos brasileiros. "Podemos ser produtivos, mas não temos competitividade no mercado internacional", afirmou.
Para o vice-presidente da AEB, governo e empresários brasileiros conhecem todo o aparato internacional e regional que rege o comércio, os serviços e as demais disciplinas que compõem o quadro institucional dos negócios no mundo. Disse ainda, que o País dispõe de mecanismos internos dedicados ao mercado internacional em contínuo processo de aperfeiçoamento e permanente acompanhamento do quadro evolutivo das negociações internacionais. "Porém, a participação brasileira no comércio mundial há muito não evolui do percentual médio de 1% verificado nos últimos anos, em flagrante contraste com o tamanho da sua economia", frisou.
"O Brasil é um país exportador de peso, mas de quantidade e não por ter importância para o comércio mundial". Assim o presidente da AEB, José Augusto de Castro iniciou a sua apresentação, que tratou dos cenários políticos, econômicos e comerciais mundiais e seus impactos sobre as exportações brasileiras.
Castro explicou que o Brasil vem perdendo mercado, apesar dos seus constantes superávits em sua balança comercial, pois hoje é um exportador basicamente de commodities, cujos preços são balizados por cotações do mercado internacional, além de não contarem com nenhum valor agregado. "Superávit não é importante, o que importa é a corrente de comércio, e, hoje, o presente do Brasil é o passado, já que a corrente de comércio de 2017 foi menor do que o fechamento de 2011", destacou.
Sobre os impactos da guerra comercial Estados Unidos/China/União Europeia para o Brasil, Castro acredita que haverá queda nos preços internacionais das commoditites para os anos de 2018 e 2019. A crise da Argentina - o principal comprador dos produtos manufaturados brasileiros -, a elevação do frete, a revogação do mecanismo fiscal do Reintegra e a reoneração da folha de pagamentos são alguns dos pontos apontados por Castro como fatores responsáveis pelo alto custo da produção e que impedem os produtos manufaturados brasileiros de competirem no mercado americano, em substituição aos chineses.
Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX 2018)
Data: 15 e 16 de agosto de 2018
Local: Centro de Convenções SulAmérica (Av. Paulo de Frontin, 1 - Cidade Nova - Rio de Janeiro - RJ)
Informações e inscrições: www.enaex.com.br/enaex2018
Fonte: Assessoria de imprensa AEB
Data de publicação:19/07/2018
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