Ministra
da Agricultura defende incremento dos investimentos privados nacionais e
estrangeiros no agro brasileiro
A ministra Tereza
Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse
nesta quinta-feira (10) que o Brasil já é reconhecido como uma potência
agrícola, mas tem espaço para continuar crescendo, de forma sustentável. Ao
participar do painel Brasil: Potência Agrícola Sustentável, durante o Fórum de
Investimentos Brasil 2019, em São Paulo, a ministra disse que o Brasil quer
avançar para além dos atuais 7% de participação no comércio mundial.
"Somos
um dos poucos países do mundo com capacidade de expandir significativamente a
oferta de alimentos de forma sustentável. Para seguir incrementando a produção
nacional e minimizando os impactos ao meio ambiente, o governo brasileiro e o
setor privado precisam continuar trabalhando juntos", disse a ministra,
destacando que o Brasil deve, efetivamente, assumir sua vocação de potência
agroambiental global.
Ela também destacou a
importância da ampliação dos investimentos estrangeiros no país, para garantir
a continuidade do crescimento. Segundo ela, existem oportunidades ao longo de
toda a cadeia produtiva do agro, como em insumos, maquinário, produção,
processamento, estocagem, distribuição e transporte.
"Para garantir o
contínuo aumento da produtividade e o fortalecimento da capacidade do produtor
brasileiro de não apenas identificar tendências globais, mas também de criar ou
moldar essas tendências, a ampliação do volume de investimento estrangeiro no
Brasil é fundamental", disse. Segundo ela, o governo brasileiro vê com
bons olhos todo investimento voltado para a diversificação da produção nacional
e para a ampliação de mercados.
Ao falar para
empresários brasileiros e estrangeiros, a ministra lembrou as vantagens de se
investir no agro brasileiro. Além de ter um mercado interno formado por 210
milhões de consumidores, a participação no Mercosul permite o acesso a mais 55
milhões de pessoas residentes nos países vizinhos.
Além disso, nos
próximos anos, esse número de consumidores será ainda maior, considerando os
dois acordos recém-fechados pelo Brasil com União Europeia e EFTA, formado pela
Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, que somam juntos quase 510 milhões de
habitantes.
"A conclusão
desses dois acordos é um sinal claro à comunidade internacional de que o Brasil
está aberto ao mundo, em prol do livre comércio", disse a ministra,
lembrando que Brasil tem defendido, ainda, negociações de acordos comerciais do
Mercosul com outros mercados importantes como Canadá, México, Japão, Singapura.
O presidente da
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil),
Sergio Segovia, destacou que o trabalho é para tornar o Brasil
"protagonista inquestionável na quantidade e qualidade da produção
agropecuária". Segundo o presidente, a Apex apoia a internacionalização
das 1 mil empresas agropecuárias, que exportaram US$ 20 bilhões, o equivalente
a 19% do total das exportações do agro. Ele ressaltou ainda que é preciso
buscar "produtos e soluções que traduzam a responsabilidade ambiental e
social" do país.
Crescimento
sustentável
A
ministra reafirmou que o crescimento da atividade agropecuária e a proteção do
meio ambiente não são premissas conflitantes. "Pelo contrário. A
agricultura é um dos setores mais afetados pelos efeitos das mudanças
climáticas: temperaturas médias mais altas, mudanças nas chuvas, aumento na
frequência e intensidade de eventos climáticos, assim como a possibilidade de
aumento de danos causados por pragas e doenças poderão afetar fortemente o
trabalho no campo", disse.
Ela contou que vem
conversando com associações, autoridades e imprensa internacional sobre a
realidade da agricultura brasileira, que é pujante, moderna e sustentável, e
lembrou que as previsões de organizações como FAO e OCDE apontam que a demanda
por alimento, energia e recursos naturais básicos, como água potável, deverá
aumentar.
"O produtor
rural brasileiro, tenho absoluta certeza, é um aliado da preservação ambiental.
A promoção da agricultura empreendedora, da agricultura inovadora, da
agricultura inclusiva, é também a promoção do meio ambiente", concluiu a
ministra.
O painel foi mediado
pelo professor Marcos Jank e teve a participação do CEO da Solinftec, Rodrigo
Lafelice dos Santos, do CEO Global da Bayer, Werner Baumann e do chefe
economista global da John Deere, Luke Chandler.
Fonte: Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento - Mapa
Data de publicação:11/10/2019
Já que há a possibilidade de um crescimento agrícola sustentável, sendo um grande chamativo para investimento e contínua produtividade, já que já possui uma boa quantidade e qualidade, possuindo um bom reconhecimento externo e interno.
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