Tensão
com Fernández pode afetar Mercosul
Segundo noticiado
pelo O Estado de S. Paulo, o antagonismo político entre Jair Bolsonaro e o
presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, deve afetar o atual modelo
do Mercosul, na avaliação de diplomatas e especialistas dos dois países. A
visão mais protecionista de Fernández contrasta com as políticas liberalizantes
brasileiras e ajustes vão ser necessários.
Segundo fontes
ouvidas pelo Estado, o Brasil descarta a redução imediata da Tarifa Externa
Comum (TEC) na próxima reunião do bloco, em dezembro, pouco antes da posse de
Fernández. A intenção é que a tarifa cobrada sobre produtos de fora do
Mercosul, hoje em 14% em média, fosse reduzida pela metade ao fim de períodos
de quatro, seis ou oito anos, dependendo do setor econômico. Agora, o compasso
é de espera para ver a direção que toma a Argentina.
Já em relação aos
acordos comerciais, a previsão é que as negociações já em curso continuem -
estão em andamento tratados com Canadá, Cingapura e Coreia do Sul. A saída do
Brasil do Mercosul, segundo fontes do governo, está descartada. Se a Argentina
for intransigente, a hipótese mais provável é negociar a flexibilização do
bloco, para transformá-lo no que vem sendo chamado de "Mercosul Flex"
- e abandonar a ideia de união aduaneira, como é hoje.
Fonte:
O Estado de S.Paulo
Data
de publicação: 29/10/2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário