segunda-feira, 8 de abril de 2013

Brasil – um sistema logístico longe do ideal




Uma das áreas mais importantes para o bom funcionamento de um país é a infraestrutura logística. Infelizmente no Brasil a situação está consideravelmente preocupante.

Temos dificuldade em nos deslocar de um lugar para outro, um sistema de transporte público deficitário, custos de importações e exportações exorbitantes, estradas perigosas e rodovias mal planejadas.

Quando um container de importação chega ao Brasil, leva aproximadamente sete dias para ser liberado, gerando um custo quarenta vezes maior quando comparado com países como Cingapura, referência em infraestrutura portuária.  Infelizmente quem paga pela ineficiência do sistema são os consumidores.

Diariamente são milhares de caminhões tentando entregar suas mercadorias, inúmeras pessoas tentando chegar a tempo em seus destinos e quilômetros de veículos parados em congestionamentos intermináveis.

Não podemos deixar de calcular o prejuízo gerado pela improdutividade de milhões de pessoas presas no trânsito por longas horas, todos os dias. A economia precisa de um bom sistema logístico para se desenvolver.

Chegará o dia em que os custos dos fretes ficarão inviáveis financeiramente e não poderão ser repassados aos consumidores tão facilmente; chegará o dia em que, se quisermos chegar a tempo em um compromisso, mesmo que dentro de uma mesma cidade, teremos que reservar duas horas para nos deslocar.

O país perde em todos os sentidos. Se o sistema fosse eficiente, todos ganhariam mais, a indústria tornar-se-ia mais competitiva, a economia seria mais dinâmica e os consumidores teriam acesso a produtos mais baratos.

Precisamos refletir e exigir mudanças no sistema, pois pagamos tributos e não temos infraestrutura qualificada. Infelizmente ainda estamos muito longe da situação dos países desenvolvidos, mas se quisermos chegar lá, precisamos agir imediatamente, mesmo que com passos lentos, desde que sejam direcionados, contínuos e tenham a mão da iniciativa privada como guia.  

Por Renata Frare - Associada do Instituto de Estudos Empresariais (IEE)


Fonte:  Revista VOTO
Por:  Renata Frare *

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