segunda-feira, 8 de abril de 2013

Nó logístico sai do foco




Seguras de que o auge dos embarques da megasafra de grãos com todas as filas em rodovias e portos já passou, as autoridades do País parecem ter perdido a pressa em resolver a questão recorrente do nó logístico nos principais corredores de exportação  do Brasil.

Depois de discutir por um mês um pacote de medidas para reduzir o caos no escoamento da supersafra de grãos, o governo federal desistiu de fazer um anúncio nacional dessas ações, na última semana.

Isso porque a reforma ministerial iniciada pela presidente Dilma Rousseff, que começou pela pasta da Agricultura e depois no Ministério dos Transportes, parece ter comprometido o plano que estava sendo costurado pelo Ministério da Casa Civil.

O secretário especial dos Portos, Leônidas Cristino, confirmou na semana passada em São Paulo que a ideia de reunir os ministérios da Agricultura, Transportes e dos Portos no anúncio de medidas emergenciais foi suspensa.

Como ministro dos Portos, Cristino disse que os congestionamentos registrados ao longo do mês de março na Baixada Santista foram minimizados depois de negociações entre a responsável pelo Porto de Santos, a Codesp, os terminais graneleiros, a Prefeitura do Guarujá, a Polícia Militar Rodoviária e a Agência Reguladora dos Transportes em São Paulo, a Artesp.

Técnicos ligados a outros ministérios correlatos ao assunto de logística disseram que as pastas foram liberadas para falar sobre as medidas pontuais que podem reduzir o caos no escoamento da safra.

Os técnicos do governo consideravam, de qualquer forma, limitados os efeitos das medidas que seriam propostas.

Entre as medidas pontuais de urgência, o ministério orientou a Codesp a controlar o fluxo de caminhões que acessam diariamente o cais dos portos.

O ministério e o governo paulista fizeram um convênio e o Serpro, estatal paulista de TI do governo, vai fazer o desenvolvimento de um software para fazer o controle do fluxo ao cais.

Ao mesmo tempo a pasta da Agricultura deveria anunciar medidas de apoio a produtores do nordeste na contratação de frete para o transporte do milho.

A região tem dificuldade para contratar os caminhões por causa da distância necessária para carregar a safra de soja.

E o ministério também iria sugerir o uso dos armazéns públicos para aumentar a capacidade de armazenagem.

Fonte: DCI - São Paulo/SP

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