sexta-feira, 14 de junho de 2013
Greve de funcionários da CPTM afeta usuários em São Paulo
Parte dos funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira conforme assembleia realizada na noite de ontem.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) decidiu suspender o rodízio municipal de veículos nesta quinta-feira e avisou que as multas de rodízio aplicadas na parte da manhã serão canceladas.
A greve foi decretada pelo Sindicatos dos Trabalhadores da Zona Sorocabana, representante dos empregados das linhas 8-Diamante [Júlio Prestes-Itapevi] e 9-Esmeralda [Osasco-Grajaú] e do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central, que representa os empregados das linhas 11-Coral [Luz-Guaianazes-Estudantes] e 12-Safira [Brás-Calmon Viana].
Em nota, a CPTM informa que opera as linhas 7-Rubi [Luz - Jundiaí], 8-Diamante [Júlio Prestes - Itapevi], 10-Turquesa [Luz - Rio Grande da Serra], 11-Coral / Expresso Leste [Luz - Guaianazes] e 12-Safira [Brás - Eng. Manoel Feio].
A empresa acionou a operação Paese, com ônibus gratuito, para os trechos 9-Esmeralda [Osasco-Grajaú], entre as estações Pinheiros e Grajaú, 11-Coral [extensão], entre Guaianazes e Estudantes, 12-Safira, entre as estações Itaquaquecetuba e Poá e entre Itaquaquecetuba e Itaim Paulista.
A categoria reivindica reajuste salarial, aumento no vale-alimentação, mudanças no plano de carreira, entre outros. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona da Central do Brasil fizeram diversas reuniões para tentar fechar um acordo, mas nada foi acertado.
A SPTrans, empresa que gerencia o transporte municipal, informou que, devido à greve, toda a frota de ônibus da cidade irá operar em regime de horário de pico durante todo o dia, o que corresponde a 15 mil veículos disponíveis. Em nota, ela destacou que também haverá reforço nas linhas que circulam por ramais atendidos pelos trens da CPTM.
Segundo José Floriano de Araújo Júnior, diretor do sindicato da Central do Brasil, foi fechado consenso relativo ao reajuste salarial, que ficaria em cerca de 8,5%, sendo 5,9% do IPC-Fipe e mais 2,5% da produtividade, mas outros pontos - como vale-alimentação e plano de carreira - não tiveram acordo.
Em nota, a CPTM afirmou que considera irresponsável a decisão de greve. A companhia aponta ainda que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que os empregados mantenham 100% da operação nos horários entre 6h e 9h e das 16h às 19h, e nos demais horários 75% da operação ferroviária.
Araújo Júnior disse que o sindicato da Central do Brasil "tentará cumprir" o percentual estipulado. Já representantes do Sorocabana afirmaram que não seguiram a ordem do TRT.
O descumprimento da ordem judicial implicará multa diária no valor de R$ 100 mil a ser revertida em favor do Hospital São Paulo, Hospital das Clínicas e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Fonte: Valor
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