terça-feira, 16 de julho de 2013

Riscos ambientais podem gerar problemas a Porto do Açu

 
Estimado em U$$ 2 bilhões, o Porto do Açu, projeto da LLX Logística do bilionário Eike Batista passa por dificuldades para saldar suas dívidas. A empresa espera manter o projeto do porto, no entanto levantar US$ 600 milhões para concluir o único projeto da LLX, estimando em US$ 2 bilhões, no norte do Rio de Janeiro, poderá exigir esforços.

Com uma vez e meia o tamanho da ilha de Manhattan, Açu foi projetado para aliviar os atrasos causados pelos congestionados portos do Brasil e para atender à crescente indústria de petróleo. Além disso, questionamentos por cientistas quanto a sua construção são feitas, alegando que sua construção está poluindo o ecossistema das áreas no entorno com sal.

Desde 2010, os papéis das empresas do Grupo EBX perderam 50 bilhões de dólares em valor para seus acionistas. O Grupo EBX controla a LLX e outras cinco empresas de capital aberto, todos marcadas com um “X” por Eike para significar “a multiplicação de riqueza”. Embora existam fortes razões comerciais para investir em um porto gigante que aliviaria parte dos gargalos de transporte que afetam as exportações de commodities, das quais o Brasil é um dos líderes, alguns investidores podem não querer a exposição a uma empresa enfrentando possíveis responsabilidades ambientais e ações judiciais potencialmente custosas.

Funcionários da LLX e da OSX Brasil,negam que um vazamento “temporário” de água salgada na área que cerca o porto, no final de 2012, causou danos ecológicos duradouros para a foz do rio Paraíba do Sul, uma das últimas grandes regiões costeiras intocadas no Sudeste do Brasil. No entanto, cientistas da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense), em Campos dos Goytacazes, a 40 minutos de carro de Açu, dizem que há evidências crescentes de que a construção do porto ameaça um ecossistema sensível.

A Uenf, LLX, OSX e o Inea (Instituto Estadual do Ambiente), agência estatal de proteção ambiental do Rio de Janeiro, concordaram que a água no canal Quitingute, que recebe o escoamento do porto, tornou-se salobra, ou parcialmente salgada, no final de 2012, mostram documentos do processo judicial. A salinização começou depois que o maior navio de dragagem do mundo começou a dragagem de praias, dunas e mangues para a construção de 13 km de docas e canais para navios.

A OSX, inicialmente vista como a maior arrendatária da LLX, provavelmente vai ser reestruturada como parte dos esforços de Eike para reduzir o Grupo EBX e saldar as dívidas, vendendo embarcações de sua empresa de leasing e fechando o estaleiro antes de ter construído um único navio.

Fonte: Guia Marítimo

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