quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Cara de pau do presidente do metrô de SP deixa perplexa Assembleia Legislativa

 
O depoimento do presidente do Metrô de São Paulo, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, às comissões de Infraestrutura e de Transportes e Comunicações da Assembleia Legislativa de São Paulo deixou a maior parte dos presentes chocados. Ele admitiu a existência de cartel entre empresas buscando evitar concorrência, subcontratações suspeitas e a existência de contratos que deveriam ser investigados.
Sobre as recentes denúncias de cartel no Metrô de São Paulo, Pacheco disse simplesmente não ter curiosidade a respeito e não ter buscado ler documentação em relação às acusações. Ele preferiu culpar investidores estrangeiros. “Toda a área metroviária é uma área muito fechada. São poucas empresas”.

À frente de expansão, presidente do Metrô-SP é pressionado sobre cartel

Além de admitir a existência de cartel, Pacheco também admitiu que as empresas vencedoras de contratos do Metrô tenham subcontratado as empresas que saíram derrotadas das licitações. “No contrato específico da Linha 2-Verde, as empresas que perderam os contratos foram subcontratadas. Isso é público”, disse. Ele criticou os aditamentos (acréscimos ou alterações) que são feitos aos contratos, como os que ocorreram em vários dos contratos que foram firmados pela companhia. “Infelizmente, isso ocorre em contratos de forma geral. Mas isso é uma praga. Não sei o que levou a esses aditamentos”.

De acordo com Pacheco, a providência tomada pela companhia foi aprovar, por meio da diretoria, que em todas as licitações a partir de agora seja proibido subcontratar empresas que tenham participado do processo licitatório. O governo paulista, de acordo com ele, também entrou com uma ação judicial contra a Siemens pedindo o ressarcimento dos valores que foram desviados com as licitações. Pacheco também disse que os contratos são atualmente objeto de investigação dos órgãos competentes, tais como Ministério Público, Polícia Federal, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a corregedoria e a procuradoria do governo estadual.

Segundo Pacheco, a companhia mantém hoje quatro contratos em andamento com a Siemens que estão sob investigação. Um deles, que se refere a uma licitação de sistema de sinalização de trens e controle de alimentação elétrica para a Linha 2-Verde do Metrô, está sendo investigado pelo Cade. O contrato, segundo ele, foi homologado em abril de 2005. “É um contrato no valor de R$ 143,6 milhões. Ele foi executado e hoje tem uma pendência de entrega de alguns equipamentos sobressalentes e existe uma retenção de um saldo a pagar no valor R$ 1,2 milhão”, disse. No mesmo contrato, explicou, houve aditivos para aumentar o prazo e também para acréscimo no valor do contrato da ordem de R$ 18 milhões.

Com informações da Agência Brasil.


Portogente  




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