As montadoras brasileiras vão entrar em um dilema nos próximos anos: alta capacidade instalada para um mercado interno com crescimento estável em termos de compra de veículos. Com os investimentos das grandes empresas em aumento da produção e a entrada de novos concorrentes, a capacidade de fabricação das montadoras no Brasil chegará a 6,5 milhões de veículos/ano.
Em 2013, a indústria nacional caminha para bater o recorde de produção de carros em um único ano. Atualmente, podem ser produzidos 4,3 milhões de unidades no País. A solução, segundo o diretor da consultoria Roland Berger, Sthephan Keese, é o aumento das exportações de veículos.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) costura planos com o governo para que em 2017 as fabricantes embarquem cerca de um milhão de unidades para o exterior. Em 2005, as exportações do setor chegaram a 900 mil veículos.
“O grande desafio é saber como o Brasil vai crescer nos próximos anos se a as vendas internas continuam no mesmo patamar nos últimos três anos. A única solução para as empresas é realizar um hedge natural, ou seja, aumentar as exportações e fazer um gerenciamento mais eficiente nas importações de peças”, afirma Keese.
Para o consultor, nos próximos anos, a legislação de incentivos montada para compensar as ineficiências do setor automotivo não será suficiente para retomar competitividade. Será necessário atacar outros gargalos. “O Brasil tem portfólio e poderia participar mais ativamente de mercados emergentes, mas não tem custo competitivo para isso. O único caminho para o País é aumentar o nível de automação e tecnologia em suas fábricas, ai sim conseguirá competir com outros concorrentes”.
As informações são do site Automotive Business.
Paranaguá e Santos têm terminais bem equipados para exportação de veículos.
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