O Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges, afirmou nesta quinta-feira, 7, que não é "absurdo" estimar que o País poderá dobrar seu volume de comércio exterior nos próximos dez anos. Para uma plateia de empresários céticos, em Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), promovido pela Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), o ministro defendeu metas "ousadas" e a capacidade de o País atingir o volume de US$ 1 trilhão em volume exportado na próxima década. Segundo ele, o multilateralismo no comércio exterior é a "grande opção estratégica" para o País.
"Se falássemos na década de 2000 que a meta seria triplicar, ninguém acreditaria. É importante ter metas ousadas. Olhando a nossa historia, uma economia fechada, chegar a um comércio de US$ 500 bilhões é um marco. Em pouco mais de dez anos aumentamos três vezes o volume de comércio exterior. Se tivermos nos próximos dez anos uma meta de dobrar, não é absurdo", defendeu.
Segundo o ministro, para alcançar a meta "ousada" é preciso ter uma estratégia comercial "precisa". "Se for equivocada ou fora de foco, não vamos atingir esse objetivo", completou.
Para Borges, essa estratégia passa pelo multilateralismo. "A opção pelo multilateralismo tem uma razão de ser. Temos interesses econômicos concretos que mostram que ela é a grande opção estratégica, não é uma teimosia do governo brasileiro forçar o multilateralismo", pontuou.
Ele citou os esforços do País para formalizar um acordo comercial com a União Europeia. Borges também destacou a elaboração de acordos de cooperação técnica com os Estados Unidos e a ampliação da parceria com a China.
Banco do Brics
A estratégia multilateral do governo brasileiro para o comércio exterior passa pelos negócios de infraestrutura na África e por forte apoio de financiamento do Banco do Brics, criado no último mês, segundo Borges.
Para Borges, o banco permite a criação de diversos instrumentos de fomento e financiamento complementares ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), com as mesmas condições técnicas. O ministro também destacou que os aportes e os recursos de contingência previstos no novo banco são maiores que os previstos nas outras instituições.
"O banco é um instrumento de magnitude incrível. Não é uma ação paralela ou aventureira ou competitiva, ela fortalece a função do FMI", avaliou. O ministro também destacou que são aportes que não são feitos pelo BNDES e que a atuação do banco será fundamental na estratégia comercial brasileira. "Se criarmos instrumentos com o novo banco de fomento, podemos equacionar a agenda de infraestrutura da África com o comércio brasileiro."
Borges destacou ainda a atuação do ministério para antecipar acordos comerciais com países latinos para 2016. A ideia é contemplar países que não integram o Mercosul e com quem o Brasil pode avançar nas relações comerciais, como México, Chile e Peru.
"O objetivo é transformar o acordo de complementação econômica com o México em um acordo geral, de livre comércio, no conjunto da América Latina. Com isso vamos caminhar na integração produtiva, que trará ganho de escala para a indústria", completou.
08/08/2014
Sabe-se que ousadia é um fator interessante para obtenção de sucesso e a capacidade que o Brasil tem em crescer ainda mais é evidente, mas, ainda somos movidos por incertezas, que atrapalham, querendo ou não, qualquer processo.
ResponderExcluirVejo que os acordos multilaterais pode sim trazer benefícios. O maior para o Brasil seria uma conscientização e mostra do seu real tamanho.
Gustavo de Oliveira - 4º Semestre/Manhã
08/08/14
O Brasil é um país com uma capacidade incrível, porém mal administrado. Esta afirmação de nosso ministro Mauro Borges não deveria causar espanto ou desconfiança, pois potencial para crescer e recursos produtivos temos de sobra, o que nos prejudica é o mal gerenciamento desses recursos e, infelizmente, a carga tributária abusiva que aqui vigora.
ResponderExcluirAline Siqueira 4º comex manhã
08/08/2014
Como vimos o Brasil depende muito da atuação do banco para um crescimento na área do comércio exterior, o BNDS é a principal esperança nesse crescimento
ResponderExcluir, espera-se que com esse avanço o Brasil possa aumentar as chances de comércio com o México, Chile e Peru, deixando de atuar somente no Mercosul e atuando também no comércio da América Latina.
Mariana Mendes Gimenes/ 1º Comex- Tarde (08/08/2014)
O texto fala sobre a grande possibilidade de crescimento do comércio exterior brasileiro, mas em outras matérias do próprio jornal O Estado de S. Paulo podemos encontrar matérias sobre a defasagem em logística, transporte e energia, que são áreas fundamentais para o nosso comércio internacional. No jornal do dia 07/08/14 encontramos estes números: Brasil investindo em média 2,2% do PIB em infraestrutura, Índia com 4,7% e a China com 8,5%. Portanto, é muito bonito falar em dobrar volume de comércio exterior, mas precisamos perceber que a infraestrutura brasileira já não suporta com qualidade nem aquilo que se comercializa em 2014.
ResponderExcluirNúbia Kalichak/ 4°comex/ manhã/ sala 108
Muito Bom o texto. Gostei
ResponderExcluirÉ muito bom para o Brasil trabalhar nas relações internacionais com países fora do mercosul também. Acredito que isso pode ter um impacto significativo e produtivo em nossa nação.
É difícil de imaginar que um tempo atras não se acreditava no potencial do Brasil, que hoje é claro para todo o mundo.
O fato de o Brasil estar se unindo com grandes países, significa que também estamos evoluindo.
O Brasil está cada vez mais fazendo parte da solução e menos parte do problema.
Deisiane 1º Comex Tarde Fatec Zl
Na minha opinião é um grande salto para a economia brasileira porem tenho medo da nossa politica... em um país onde os interesses pessoais estão acima do crescimento por um todo fica complicado em acreditar que isso vai acontecer conforme descrito acima...
ResponderExcluirPenso que o Brasil precisa de uma reforma em todos os sentidos.. vejo a crise na Argentina e o quanto ela impactou em nossa exportação principalmente no segmento automotivo... vejo o quanto estamos nas mãos de países menores.. esta na hora mesmo de mudar.. espero que isso tudo saia de verdade do papel
Thiago José vieira - metodista - logística - 4º periodo
No Brasil se ouve tanto sobre multilateralismo, no entanto, todo mundo sabe que o Mercosul é uma vergonha, como o Brasil vai conseguir duplicar seu comércio exterior fazendo parte de um bloco econômico tão falho como esse?
ResponderExcluirÉ muito bom saber que o Brasil pretende aumentar suas exportações, porém acredito que o investimento em infra-estrutura precisa na mesma proporção, mesmo que os investimentos estejam acontecendo, pelo que vemos não há um resultado eficiente ainda.
ResponderExcluirVailson Andrade Santana
A notícia demonstra otimismo para o mercado brasileiro, e grandes possibilidades para engajar no cenário internacional de comercio exterior, das possibilidades vale para o Brasil demonstrar suas qualidades no mercado europeu, mexicano, peruano e chileno como citado na matéria. E para complementar; "Basta abraçar com grande compromisso e seriedade que as metas serão possíveis".
ResponderExcluirMárcio Melo 1º Comex - Tarde - Fatec Zona Leste
Para nós, futuros profissionais de comércio exterior, essa afirmação é motivante. O Brasil tem capacidade para tal,mas para que isso aconteça muita coisa deve mudar por aqui.
ResponderExcluirNão tenho dúvidas em relação a capacidade do Brasil, mas o que me entristece é ver essa capacidade ser jogada no ralo por conta da má administração.
Camila Oliveira-4º Comex manhã-Fatec ZL
É óbvio que não é um absurdo falar que o Brasil pode dobrar seu volume de comércio exterior nos próximos dez anos. Nosso país possui recursos naturais que são capazes de suportar a demanda, porém isso só irá acontecer se for investido muito mais na Infraestrutura para atender a demanda que será exigida. Somente assim o comercio exterior poderá enfim se transformar em números significativos para o País.
ResponderExcluirFelipe Pereira Sales Dantas - 2º Semestre Logística (Metodista). Matricula: 247483
Segundo Mauro Borges o Brasil aumentou muito a quantidade de exportações desde a última década e com um pouco mais de "ousadia" poderá duplicar a quantidade de exportações na próxima década.
ResponderExcluirEle também afirma que para atingir este objetivo o multilaterialismo é algo muito viável, porém para isto precisaria do apoio financeiro do Banco dos Brics.
Caroline Ferreira/ 2º Logística, Noite Metodista.
Para nós, futuros profissionais de comércio exterior, essa afirmação é motivante. O Brasil tem capacidade para tal, mas para isso acontecer muita coisa tem que mudar por aqui. Não tenho dúvidas da capacidade do Brasil, o que me entristece é ver essa capacidade ser jogada no ralo por conta da má administração dos recursos.
ResponderExcluirCamila Oliveira 4º-Comex manhã-Fatec ZL
Para nós, futuros profissionais de comércio exterior, essa afirmação é motivante. O Brasil tem capacidade para tal, mas para isso acontecer muita coisa tem que mudar por aqui. Não tenho dúvidas da capacidade do Brasil, o que me entristece é ver essa capacidade ser jogada no ralo por conta da má administração dos recursos.
ResponderExcluirCamila Oliveira 4º-Comex manhã-Fatec ZL
O Ministro deixa claro que através do multilateralismo o Brasil vai avançar
ResponderExcluirela acredita na potencialidade e nos esforços que o nosso país vem fazendo para um acordo Comercial com a União Europeia a ampliação da parceria com a China.
Acordos comerciais para 2016 com paises latinos fora do mercosul também significam grandes avanços,vamos aguardar que tudo vá na direção esperada,um Brasil mais forte,no caminho certo.
Rhodrigo Giovanni Livatino da Silva 1° Comex Tarde Fatec ZL
É importante para o Brasil fazer alianças com países fora do Mercosul. Não é novidade que o nosso país tem potencial, mas muitas melhoras devem ser feitas e mais atenção deve ser dada à área de comércio exterior. É motivador ler textos como esse, porém ainda há dúvidas quanto dobrar o volume do nosso comércio devido aos problemas que parecem não estar sendo resolvidos na área.
ResponderExcluirPriscila Akemi Igarashi, 4o comex manhã, Fatec ZL.
O Brasil, enfim, está traçando seus objetivos. Após criar metas, que é o que motiva o crescimento do Comex aqui, ele está conseguindo garantir sua atuação permanente no Mercosul. O interessante é que nosso país está indo atrás de ter relações internacionais com países que não sejam apenas da América do Sul, e sim de toda a América Latina. O Brasil tem potencial suficiente pra ser reconhecido mundialmente pelo seu comércio, o que nos falta é um governo que vise isso como uma prioridade e não como uma opção.
ResponderExcluirJulia Alves - 1ºsem Comex - tarde - Fatec ZL