A política externa do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) será uma espécie de imagem invertida do que foi feito nos governos do PT, no entendimento de colaboradores. Na via contrária à aproximação com os países ditos "bolivarianos" e ao projeto sul-sul, que pretendia criar um núcleo de poder alternativo aos EUA, Bolsonaro já deixou clara sua admiração pelo presidente americano, Donald Trump, e por Israel. Também mostrou restrições à China. E afirmou que não pretende se relacionar com "ditaduras" como a Venezuela.
Toda essa retórica, porém, terá um balizador: a economia. Colaboradores do presidente eleito têm repetido que a atividade econômica e os empregos não poderão se recuperar se o Brasil fechar as portas para novos negócios com outros países. Por isso, Bolsonaro já recuou de sua ideia de mudar a embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, segundo interlocutores. Ele foi advertido que a medida, embora alinhada com o eleitorado evangélico, criaria problemas para as exportações do Brasil para países muçulmanos. Só de carne, são US$ 13 bilhões por ano.
As informações estão na edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte:O Estado de S.Paulo
Data de publicação:29/10/2018
Data de publicação:29/10/2018
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