Máquinas:
mercado começa a reagir
Informações precisas
da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq),
divulgadas pela Agência Brasil, mostram que as vendas do setor entre janeiro e
julho cresceram 5,8%.
A balança comercial
do setor teve saldo negativo de US$ 828,6 milhões em julho, o que representou
recuo de 15,9% em comparação com o mesmo mês de 2018, mas as exportações
cresceram, atingindo US$ 846,2 milhões. Por coincidência, também houve aumento
de 24,1% em relação a junho. As importações igualmente cresceram em julho,
11,1% em relação a junho e 19,9% em comparação ao mesmo período do ano
anterior.
Para a Abimaq, o
crescimento das exportações foi reflexo das vendas de máquinas e equipamentos
para o Paraguai e para a Holanda, que juntos contribuíram para reduzir a queda
acumulada em 2019, de -7,1% no semestre para -3,2% até o mês de julho. As
vendas para a América Latina, que, no passado, chegaram a superar a marca de
50% do total exportado, vêm apresentando retração contínua e, em 2019, chegaram
a 31,9%.
Tal redução deve-se à
crise pela qual passa o mercado argentino, que respondia por 15% das vendas
externas nacionais em 2017 e, neste ano, deve chegar a 6%. Como a Argentina
decidiu pedir moratória, adiando o prazo de pagamento de parte de sua dívida de
curto prazo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros credores, o país
terá ainda de renegociar as dívidas de médio e longo prazos e, por conta disso,
o setor de máquinas espera para este ano um crescimento entre 3% e 4% apenas.
Diante desses
números, o que se conclui é que, em 2019, a exemplo de anos anteriores, o
Brasil continuará a vender mais commodities, setor que em 2018 já foi
responsável por 65% das exportações.
Fonte: A Tribuna
Data de publicação:21/09/2019
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