Bolsonaro
vai ao Japão para incentivar comércio e buscar investimentos
O presidente Jair
Bolsonaro inicia, dentro de uma semana, visita oficial ao Japão e à China, com
o objetivo de consolidar o comércio com essas duas nações líderes da economia
global e de dar uma sinalização para o mundo de que o Brasil está comprometido
com a abertura econômica, com o ambiente de negócios e com o programa de
reformas, disse o secretário de negociações bilaterais na Ásia, Pacífico e
Rússia do Itamaraty, embaixador Reinaldo José de Almeida Salgado.
Juntos, Japão e China
têm um estoque de US$ 100 bilhões em investimentos no Brasil. A Ásia lidera as
exportações e importações brasileiras. Só nos primeiros nove meses de 2019, 40%
das exportações brasileiras foram destinadas à região, ao mesmo tempo em que
33% das importações brasileiras vieram da Ásia.
A visita do presidente
Bolsonaro começará pelo Japão. O programa do presidente brasileiro inclui o
evento de entronização do imperador Naruhito. em 22 de outubro, seguido de um
banquete oferecido a todos os presidentes pelo primeiro-ministro japonês Shinzo
Abe em 23 de outubro. No mesmo dia, haverá uma reunião de Bolsonaro com os
membros do grupo de notáveis, formada pelos dirigentes das principais empresas
do Japão (Mitsui, Toyota, Honda, Mitsubishi etc).
Acordo
Comercial
Segundo ele, tanto o
Brasil quanto o Japão têm interesse em retomar o dinamismo do comércio
bilateral. Os dois países, juntamente com os outros integrantes do Mercosul,
pretendem inclusive iniciar as negociações em breve para a assinatura de um
acordo comercial que inclua os países do Mercosul e o Japão.
De acordo com o
embaixador Reinaldo Salgado, o comércio entre os dois países atingiu US$ 7
bilhões de janeiro a setembro deste ano, o que significa um crescimento de 15%.
"Não é ruim. O que é ruim é que esse número é declinante [nos últimos
anos]", afirmou o diplomata. Em 2011, os números do comércio bilateral
eram duas vezes maiores que os de hoje, observou.
Para o embaixador
Reinaldo Salgado, o Japão, que antes não era um país favorável a acordos
comerciais, agora está também favorável a buscar uma negociação com o Brasil.
Conforme disse, cálculos realizados por consultorias japonesas alertam que, do
ponto de vista do Japão, o acordo União Europeia-Mercosul retira força do
mercado exportador japonês. De acordo com esses estudos, 97% das exportações da
União Europeia para o Brasil correspondem a produtos que já são exportados pelo
Japão para o mercado brasileiro.
China
O presidente
brasileiro seguirá do Japão para a China. Na China, Bolsonaro cumprirá programa
de encontro com autoridades dos países asiáticos nos dias 24 e 25 de outubro. A
visita à China constituirá o prosseguimento de uma extensa agenda de visitas
mútuas de autoridades dos dois países, afirmou o embaixador.
Além de ministros
brasileiros que foram à China e de autoridades chinesas que vieram ao Brasil, o
embaixador citou a visita do vice-presidente feita pelo vice-presidente
Hamilton Mourão, em maio, para o país asiático. Ele lembrou que o
vice-presidente copresidiu uma comissão bilateral sino-brasileira de alto nível
e coordenou as atividades de 12 subcomissões.
"A visita do
presidente Bolsonaro celebra os 45 anos de relações diplomáticas
Brasil-China", disse o embaixador Reinaldo Salgado. Segundo ele, haverá um
encontro de empresários e de brasileiros e chineses promovido pela Apex-Brasil,
a agência que promove as exportações brasileiras. O diplomata disse que a
ampliação das exportações brasileiras para a China e para o resto do continente
asiático é feito por meio desses encontros, que ajudam a remover dificuldades
nas exportações e a atrair investimentos.
Fonte: Agência Brasil
Data de publicação:15/10/2019
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