O comércio dos países industrializados do G-7 e dos grandes emergentes (BRICS) sofreu uma forte desaceleração no 2º trimestre, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela OCDE que confirmam a preocupação sobre o dinamismo da economia mundial.
A deterioração tem, no entanto, duas exceções: China e Brasil, onde os fluxos comerciais cresceram com força nesse período. Mas o panorama geral é aflitivo: as importações totais do G-7 e dos BRICS cresceram apenas 1,1%, depois de um aumento trimestral de 10,1% em janeiro-março, informou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Quanto às exportações totais de ambos os blocos, estas subiram 1,9% no segundo trimestre do ano em relação ao primeiro, quando cresceram 7,7%.
No segundo trimestre, as importações do G-7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália e Canadá) e dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) totalizaram US$ 2,37 trilhões e as exportações, US$ 2,22 trilhões.
No primeiro trimestre, as importações desses dois blocos chegaram a US$ 2,35 trilhões; e o volume das exportações, a US$ 2,18 trilhões .
Nos Estados Unidos, as importações subiram apenas 3% entre abril e junho, depois de terem crescido 11,1% no primeiro trimestre, e as exportações aumentaram 2,6%, frente a um aumento de 5,6% entre os meses de janeiro e março.
O déficit comercial americano elevou-se assim para 194 bilhões de dólares no segundo trimestre contra 187,3 bilhões no primeiro. Trata-se do maior déficit comercial, de longe, dos países estudados no relatório.
Na China, as importações também desaceleraram muito, caindo 0,7% em relação ao primeiro trimestre, mas as exportações tiveram uma recuperação impressionante de 10%, depois de terem crescido apenas 2,9% em janeiro-março.
Estes resultados contribuíram para aumentar exponencialmente o superávit comercial chinês para 54,8 bilhões de dólares, frente aos 14,4 bilhões do primeiro trimestre. E darão sem dúvida argumentos aos países do G-7, que exigem que a potência asiática aumente suas importações para reduzir os desequilíbrios financeiros.
As exportações brasileiras também tiveram um aumento de 11,2%, a US$ 84,9 bilhões, depois de terem subido 5,7% no trimestre anterior (US$ 79,1 bilhões). Ao passo que as importações aumentaram 11,15%, a US$ 60,8 bilhões.
A balança comercial brasileira apresenta um superávit de US$ 24,1 bilhões, frente aos US$ 24,5 bilhões do primeiro trimestre de 2011, e quase o dobro do valor registrado no mesmo período do ano passado quando atingiu US$ 13,5 bilhões.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria
01/09/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário