A Secretaria de Portos (SEP) pretende abrir, ainda neste ano, um novo processo licitatório para a dragagem de aprofundamento do canal de navegação do complexo santista. Desta vez, o projeto prevê a ampliação da profundidade de 15 para 17 metros em toda a extensão do Porto. No entanto, mesmo após três anos de obras, a fundura da via marítima verificada pela Marinha do Brasil ficou, no máximo, entre 14,5 e 14,9 metros.
De acordo com o ministro dos Portos, José Leônidas Cristino, após a homologação da profundidade do canal, o próximo passo será a realização de simulações de manobras de navios na via, que serão realizadas pela Codesp. "A Marinha homologou pra 13,2 metros (o calado máximo dos navios que podem navegar na entrada do canal). E agora vamos simular. A Codesp vai fazer o alinhamento e o balizamento das boias e creio que, nos próximos dias, tudo será resolvido", afirmou.
Com as novas medições, navios com calado (distância entre a quilha e a linha d´água) de até 13,2 metros poderão entrar no cais santista. Antes, havia restrição para embarcações com mais de 12,3 metros. Na maré alta, o limite será de 14,2 metros.
De acordo com Cristino, esta delimitação da Marinha ocorre pois o calado permitido deve ser de 90% da profundidade do canal. Os 10% desconsiderados são uma margem de segurança. Como a fundura ficou entre 14,5 e 14,9 metros, a faixa de segurança foi definida em 1,5 metro e, assim, o calado máximo ficou em 13,2 metros.
Segundo técnicos da SEP, 10 centímetros de ganho de profundidade representam mais 3 mil toneladas carregadas por navios graneleiros. Em Santos, o ganho chega a 27 mil toneladas, já que o aumento foi de 0,9 metro.
"Vamos fazer aquilo que a gente havia planejado. É claro que queríamos uma velocidade muito maior do que aconteceu, mas tivemos problemas ao longo do percurso", disse Cristino.
Fonte: A Tribuna
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