quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Brasil e Alemanha alinham posição sobre acordo de livre comércio


A ministra Kátia Abreu e o ministro federal de Alimentação e Agricultura da Alemanha, Christian Schmidt, alinharam suas posições em relação ao acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, que está em fase de negociação entre os blocos. A ministra afirmou que a Alemanha é um país “fundamental” na tomada de decisão sobre o acordo de livre comércio e destacou que o governo brasileiro é “unânime” sobre a “importância e a força” que o país germânico dará à proposta. Schmidt, por sua vez, demonstrou ampla receptividade em estreitar as relações comerciais dos dois blocos. Abreu prevê que, com a efetivação do tratado, as exportações do agronegócio brasileiro cresçam cerca de 20%. “Mas ainda se mantivéssemos apenas o que exportamos hoje, o que não vai ocorrer, teríamos o enorme benefício de acabar com os impostos. Hoje, temos tarifas muito altas nas exportações”, assinalou a ministra. Schmidt disse que Mercosul e União Europeia devem estreitar suas relações comerciais e que a Alemanha pretende ser um parceiro “de igual para igual”. E acrescentou que a competitividade entre determinados produtos é “natural”, mas destacou a importância de reduzir tarifas de exportações. “Sabemos que comércio aberto significa competitividade. Concorrência é uma coisa que sempre vai existir, temos que achar uma maneira”, disse. “Queremos ser parceiros de igual importância, de igual para igual, e o segredo é a desoneração de taxas aduaneiras e outras taxações”, acrescentou o ministro alemão. A ministra pediu ainda apoio do governo alemão ao acordo sanitário e fitossanitário. Pela proposta, Brasil e países membros do bloco europeu vão harmonizar normas de defesa agropecuária, conferindo maior agilidade aos trâmites comerciais. Schmidt apoiou o pleito brasileiro e disse que levará o assunto ao Ministério da Alimentação e Agricultura da Alemanha e a autoridades da União Europeia. Ao reduzir a burocracia e harmonizar regras, o acordo sanitário poderá contribuir com o amplo tratado de livre comércio e quem sabe partir para um prelisting.
Guia Marítimo

24/8/2015

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