As autoridades da China
projetaram que o comércio internacional provavelmente irá melhorar ao longo
deste ano, a começar pelos números de julho, após as exportações de junho
frustrarem o mercado.
O porta-voz da Administração
Estatal de Câmbio Externo (SAFE, na sigla em inglês) Zheng Yuesheng disse que o
crescimento do comércio neste segundo semestre será "significativamente
maior" que no primeiro, mas alertou que a meta de crescimento de 7,5% para
o comércio internacional neste ano é "tremendamente difícil" de
alcançar. Os baixos preços das commodities podem suprimir os dados de
importação no segundo semestre, acrescentou
As expectativas de um movimento
unilateral no iuan foram quebradas, ao mesmo tempo em que os exportadores
sentem menos pressão cambial. Ele citou os resultados de uma pesquisa da SAFE,
a qual mostra que os exportadores declararam sofrer menos custos relacionados à
moeda e expressaram esperanças de que o iuan continuará estável.
Na comparação anual, as
exportações subiram 7,2% em junho e as importações avançaram 5,5%. Economistas
projetavam altas de 10,0% e 5,4%, respectivamente.
Mercados reagem mal
A balança comercial da China
decepcionou os investidores, com superávit menor que o previsto em junho, de
US$ 31,6 bilhões, e acréscimo anual de 7,2% nas exportações, bem abaixo do
aumento previsto de 10,0%. A demanda mais forte por blue chips relativamente
baratas, no entanto, acabou garantindo o equilíbrio dos mercados chineses hoje.
Além disso, a expectativa é de pouca oscilação do Xangai Composto até a
divulgação de novos números do Produto Interno Bruto (PIB) chinês, na próxima
semana.
Novas ferramentas do BC
O presidente do Banco do Povo
da China (PBoC), Zhou Xiaochuan, confirmou que a autoridade está preparando o
lançamento de uma série de ferramentas de política monetária para conduzir as
taxas de juros nos mercados monetários. Isso incluiria diferenciar taxas de
curto e médio prazo.
Em coletiva de imprensa às
margens do Diálogo Estratégico e Econômico entre China e EUA, Zhou esclareceu
que o objetivo final é permitir que o PBoC faça uso do mercado monetário para
transmitir as políticas desejadas pela instituição.
O presidente do banco central
explicou que desde a crise financeira as taxas de curto e médio prazo têm se
movimentado de modo distinto, entrando em choque com a teoria econômica, que
diz que elas deveriam se mover na mesma direção. Para resolver essa questão, o
PBoC está preparando "dois ou três conjuntos de ferramentas".
Fonte: Diário do Comércio e Indústria
11/07/2014
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